Em comparação com o mesmo período do ano passado, as exportações de GNL caíram 21,8%, para 1,3 milhões de toneladas, estimou a consultora OMT Consult, a pedido do jornal económico russo.
A empresa refere sanções da União Europeia à Rússia que entraram em vigor em dezembro de 2024 como a principal razão para esta queda.
Após a redução drástica das exportações para a Europa, a China tornou-se no principal mercado, sendo responsável por 17,7% das vendas (234.100 toneladas), embora não fique muito atrás da Tunísia (17,4%, com 230.300 toneladas) e do Afeganistão (17,3%, com 229.200 toneladas).
A Turquia é o quarto destino (10,9% com 229,2 mil toneladas), enquanto a Bielorrússia é o quinto (07% com 93,3 mil toneladas).
A consultora observou que parte do gás destinado à Bielorrússia é revendido à Polónia e aos países bálticos.
As maiores centrais exportadoras foram a ZapSibNeftekhim, detida pela Sibur, com 28,7% das exportações, a central de processamento de gás de Orenburg, propriedade da Gazprom, com 18,3%, e a Irkutsk, da INK, com 14,4% do total.
Os especialistas, citados pelo jornal, disseram prever que as exportações continuem em queda até que os fornecimentos sejam redistribuídos para outros mercados.
Ao mesmo tempo, indicaram que uma queda de 20% não é assim tão drástica, tendo em conta que a Europa era o maior mercado dos hidrocarbonetos russos.
A procura interna de GNL também deverá crescer, principalmente devido ao aumento do consumo por parte da indústria petroquímica.
A economia russa tem sofrido elevados constrangimentos devido às restrições impostas pelo Ocidente desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Na terça-feira, o Presidente norte-americano, Donald Trump, acusou o homólogo russo, Vladimir Putin, de dizer "muitos disparates" sobre o conflito na Ucrânia e afirmou estar a analisar um projeto do Senado sobre novas sanções contra Moscovo, que podem ser dirigidas às exportações de hidrocarbonetos.
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