Economia alemã começa a recuperar e pode ter crescido no 2.º trimestre

O Bundesbank, banco central da Alemanha, assinala que "a economia alemã está a começar a recuperar" e pode ter crescido um pouco no segundo trimestre do ano.

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Lusa
17/07/2023 12:49 ‧ 17/07/2023 por Lusa

Economia

Bundesbank

 

O banco central afirma no boletim mensal de julho, publicado hoje, que "o consumo privado, que havia caído anteriormente, está-se a estabilizar".

Para isso contribui o facto de o mercado de trabalho se encontrar numa boa situação, de os salários estarem a aumentar fortemente e de os aumentos de preços não se intensificarem, o que beneficiará os setores dos serviços, segundo os economistas do Bundesbank.

O comércio retalhista aumentou o volume de negócios em maio e as famílias gastaram mais em viagens, mas menos em automóveis.

A indústria e o setor da construção não aumentaram a produção em relação ao primeiro trimestre do ano, embora os estrangulamentos da oferta tenham sido reduzidos e as encomendas sejam elevadas.

O aumento dos custos de financiamento devido às taxas de juro mais elevadas reduziu a procura interna em ambos os setores.

Além disso, a queda da procura externa reduziu a produtividade na indústria.

Consequentemente, a confiança das empresas alemãs caiu acentuadamente em junho.

A recuperação económica no resto do ano poderá, por conseguinte, ser mais hesitante do que o previsto pelo Bundesbank nas suas previsões de junho.

O mercado de trabalho alemão é robusto, apesar da fraqueza económica, mas os ganhos de emprego dos últimos meses sucumbiram em maio e, na maioria dos setores, o número de postos de trabalho preenchidos estagnou.

Os economistas do Bundesbank esperam que o desemprego aumente nos próximos meses porque a economia recupera lentamente e as medidas políticas de apoio chegam ao fim.

O desemprego aumentou em junho em 28.000 para 2,61 milhões, o que representa um aumento de 0,1 pontos percentuais para 5,7%.

Os preços da energia mantiveram-se inalterados em junho na Alemanha e os preços dos produtos alimentares subiram menos fortemente do que no mês anterior.

O aumento dos preços dos bens industriais, excluindo a energia, bem como dos serviços, foi superior à média.

A inflação harmonizada dos preços no consumidor aumentou em junho para 6,8% em termos homólogos (contra 6,3% em maio), porque os subsídios à gasolina e ao gasóleo e aos transportes públicos foram aplicados no ano passado.

Por conseguinte, este efeito extraordinário poderá desaparecer nas estatísticas e a taxa de inflação poderá voltar a descer em setembro na Alemanha, segundo os economistas do Bundesbank.

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