Em comunicado, o Mais - Sindicato do Setor Financeiro, o Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) e o Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal (SBN) salientam que a proposta de atualização salarial tem em conta os "bons resultados" apresentados pelo sistema bancário e a perda de poder de compra dos trabalhadores.
Ao contrário dos lucros do setor, sustentam os três sindicatos, os rendimentos dos bancários têm vindo a diminuir, bem como o peso dos gastos com pessoal no total de rendimentos do sistema bancário português.
"Em 2021, os gastos com pessoal totalizaram 2.191.178 mil euros, enquanto o produto bancário atingiu 7.874.363 mil euros", refere o comunicado, considerando que "aumentar apenas os salários não chega" sendo necessárias "medidas de apoio extraordinário para todos".
Os sindicatos avisam ainda para a necessidade de o processo negocial decorrer com a máxima urgência, não se mostrando disponíveis "para protelar a sua conclusão" como dizem ter acontecido no passado recente.
O comunicado adianta que a proposta é de atualização salarial -- exigindo um aumento de 8,5% nas tabelas e cláusulas de expressão pecuniária -- pelo facto de a discussão do clausulado do Acordo Coletivo de Trabalho das ICAM estar a ser feita no âmbito do processo de revisão de 2021/2022, ainda em curso.
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