Turquia considera "injusta" a sua colocação sob vigilância pelo Gafi
O Ministério das Finanças turco classificou hoje como "injusta" a colocação da Turquia sob vigilância pelo organismo internacional Gafi, pelas suas falhas no combate ao branqueamento de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.
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Economia Turquia
"A inclusão do nosso país na lista cinzenta [do Gafi, Grupo de Ação Financeira] é um resultado injusto", reagiu o ministério em comunicado.
A colocação na lista cinzenta do Gafi, que tem 39 elementos, pode ter consequências negativas em termos de investimentos estrangeiros no país, devido a uma degradação da sua imagem.
Hoje incluída nessa lista, a Turquia, a braços com uma grave crise desencadeada pela desvalorização da sua moeda, corre o risco de ver a sua economia ainda mais afetada por esta decisão.
"Desde 2019 (...), a Turquia realizou alguns progressos" nas áreas do combate ao branqueamento de dinheiro e financiamento do terrorismo, indicou a organização intergovernamental num relatório hoje divulgado.
Todavia, "persistem problemas graves" em relação à situação de Ancara, afirmou hoje, em conferência de imprensa, o presidente do Gafi, Marcus Pleyer, para justificar a inclusão da Turquia na lista cinzenta.
Pleyer apontou a necessidade de o país realizar progressos no setor bancário, no comércio de pedras preciosas e também no setor imobiliário.
"O Governo [turco] comprometeu-se a prosseguir os seus esforços. Exorto-o a transformar esses compromissos em ações", disse ainda o presidente do Gafi.
Além da Turquia, a Jordânia e o Mali também entraram hoje naquela lista do Grupo de Ação Financeira.
Em contraste, o Botswana e a ilha Maurícia dela foram retirados, tendo o Gafi saudado o "elevado nível" das reformas efetuadas por estes dois países para combater o branqueamento de capitais.
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