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"Estamos num momento difícil". TAP vê 'ok' de Bruxelas no início de abril

Numa altura em que a "operação está praticamente parada", a TAP ainda aguarda a 'luz verde' ao plano de reestruturação. A companhia aérea alargou o prazo para os trabalhadores aderirem às medidas voluntárias e garante que o despedimento coletivo será "das últimas opções".

"Estamos num momento difícil". TAP vê 'ok' de Bruxelas no início de abril
Notícias ao Minuto

08:59 - 10/03/21 por Notícias ao Minuto

Economia TAP

O presidente executivo da TAP, Ramiro Sequeira, admite que a companhia aérea vive um momento difícil, mas adianta que a empresa está preparada para uma retoma que estará sempre dependente das restrições no âmbito da pandemia. A TAP espera que o plano de reestruturação receba 'luz verde' de Bruxelas no início do próximo mês.

"As negociações [com a Comissão Europeia] têm estado a correr bem. Está dentro do calendário, esperamos no início de abril ter esta situação clarificada e acreditamos que podemos ter um plano aprovado tal e qual como o apresentámos", disse Ramiro Sequeira, na terça-feira, em entrevista ao programa 'Tudo é Economia', da RTP.

Sobre os desenvolvimentos mais recentes em torno dos trabalhadores, Ramiro Sequeira mostrou-se confiante num acordo com os trabalhadores, motivo pelo qual a companhia aérea alargou o prazo das medidas voluntárias. "O despedimento coletivo é sempre a última das últimas opções", disse ainda Ramiro Sequeira, reconhecendo que os "sindicatos fizeram um trabalho muito difícil" e agradecendo-lhes por isso.

O gestor indicou que a transportadora já recebeu 500 pedidos para aderir a estes programas, mas relembrou que "as pessoas até assinar têm tempo de reconsiderar" e que por isso a gestão tomou "a decisão de ampliar o prazo de fecho das medidas voluntárias que era dia 14 [de março]".

"Demos mais dez dias exatamente porque sentimos que as pessoas precisavam de mais tempo", rematou.

Relativamente à operação da companhia aérea, os números não são animadores:"A operação está praticamente parada: 7% foi o que voamos em fevereiro e aproximadamente 10% é o que vamos voar em março", justificando que dadas as restrições nacionais e internacionais "é o possível".

"Não damos ainda o ano como perdido", mas a retoma está dependente das restrições que ainda podem vir a ser implementadas pelos países para controlar a pandemia. "Estamos num momento difícil da companhia", admitiu Ramiro Sequeira, revelando que é necessário, ainda assim, manter a confiança na "retoma".

Questionado sobre se a TAP tem dinheiro para pagar os salários de março, Ramiro Sequeira respondeu que "sim" e justificou que a companhia aérea "aplicou um plano de contenção de custos muito relevante".

O responsável adiantou ainda que houve uma renegociação com os fornecedores da companhia aérea, que permitirá 200 milhões de euros de poupanças.

"Fizemos este plano de reestruturação com muita seriedade, é um plano conservador", disse o presidente executivo da TAP.

Após cinco anos de gestão privada, em 2020 a TAP voltou ao controlo do Estado, que passou a deter 72,5% do seu capital, depois de a companhia ter sido severamente afetada pela pandemia da Covid-19 e de a Comissão Europeia ter autorizado um auxílio estatal de até 1.200 milhões de euros à transportadora aérea de bandeira portuguesa.

Um plano de reestruturação da companhia foi entregue à Comissão Europeia no último dia do prazo, a 10 de dezembro, e prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine, 450 trabalhadores da manutenção e engenharia e 250 das restantes áreas.

O plano prevê, ainda, a redução de 25% da massa salarial do grupo (30% no caso dos órgãos sociais) e do número de aviões que compõem a frota da companhia, de 108 para 88 aviões comerciais.

No total, até 2024, a companhia deverá receber entre 3.414 milhões de euros e 3.725 milhões de euros.

Leia Também: AT. Negociações sobre regulação carreiras começam no fim deste trimestre

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