Lisgráfica volta aos prejuízos em 2019 atingindo 5,4 milhões
A Lisgráfica, grupo de impressão de jornais e revistas, voltou aos prejuízos no ano passado, com resultados líquidos de 5,4 milhões de euros negativos, face aos lucros de 8,2 milhões de euros registados em 2018, adiantou a empresa.
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Economia Lisgráfica
No seu relatório e contas consolidado de 2019, publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Lisgráfica referiu que houve uma "uma quebra generalizada de vendas, nos segmentos de publicações, em especial revista", nos quais "o decréscimo é mais significativo".
A Lisgráfica justificou esta queda com "a saída de algumas publicações" e uma "redução generalizada a nível das tiragens".
Assim, a faturação líquida do grupo atingiu os 13,2 milhões de euros, uma queda de 12,2% face a 2018, indicou a empresa.
O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) atingiu os 269 mil euros, uma melhoria face aos 327 mil euros negativos registados em 2018.
A empresa indicou ainda que houve uma redução de custos com pessoal, de 22% face ao ano anterior, "pelo facto de no final do primeiro semestre ter havido uma redução do número de trabalhadores, por via de despedimento coletivo e rescisões por mútuo acordo. No final do ano anterior a empresa tinha 196 trabalhadores e no final deste exercício o número é de 125", de acordo com o documento.
Para 2020 e tendo em conta o covid-19, a empresa espera "um impacto elevado a nível de trabalhos comerciais (catálogos e folhetos), os quais no 2.º trimestre foram na sua maioria suspensos", referiu.
"Este facto vai agravar a já débil situação deste setor, estimando-se uma redução de faturação acima dos dois dígitos, mas difícil de quantificar no contexto atual", segundo o grupo.
"Tendo em consideração estas circunstâncias, a empresa Lisgráfica revê em baixa as expectativas previstas no plano de recuperação para os próximos anos, antecipando um esforço redobrado para cumprimento dos compromissos financeiros", lê-se no documento.
Em junho de 2017, a empresa apresentou um Plano Especial de Revitalização (PER), com o objetivo de recalendarizar o seu passivo, o qual foi aprovado pelos credores em 20 de dezembro de 2017 e homologado em 19 de fevereiro de 2018, adiantou a empresa, no seu relatório e contas relativo a 2017.
Em 13 de abril de 2018, e no seguimento de recurso interposto por alguns credores, o tribunal veio anular a sentença de homologação e definir prazo para nova votação do PER apresentado pela Lisgráfica.
Esta situação não foi inédita, uma vez que, no final de 2012, a empresa também tinha aderido a um PER para renegociar com os credores as dívidas e evitar a falência.
Em maio de 2013, os credores aprovaram o plano de viabilização da Lisgráfica, que contemplou uma reestruturação do passivo da empresa e previa um redimensionamento.
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