Setor agrícola deve ser "prioritário" nos planos de contingência
A confederação das cooperativas agrícolas defendeu hoje que o setor deve ser considerado prioritário no âmbito dos planos de contingência face à Covid-19, pois não é possível parar o ciclo biológico das plantas e dos animais.
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Economia Confagri
"As cooperativas agrícolas, socialmente preocupadas e comprometidas com a necessidade de conter a evolução do surto da Covid-19, e face à sua responsabilidade de garantir o provimento de bens alimentares às populações, solicitam ao Ministério da Agricultura que o setor agrícola seja considerado prioritário no âmbito dos planos e medidas de contingência da atual crise de saúde", defendeu, em comunicado, a Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (Confagri).
Para a confederação, apesar das circunstâncias extraordinárias, "a situação de particular vulnerabilidade do setor agrícola, cuja atividade não pode ser suspensa por não ser possível parar o ciclo biológico das plantas e dos animais", determina a necessidade de os agricultores continuarem com a realização das suas atividades para a manutenção de plantas "em boas condições fitossanitárias" e de animais "adequadamente alimentados e com boa saúde".
Por outro lado, "é fundamental" manter os serviços mínimos nas cooperativas para o abastecimento, por exemplo, de produtos fitofarmacêuticos, fertilizantes, sementes, rações e medicamentos veterinários, apontou.
A Confagri apelou ainda aos ministérios da Agricultura e da Administração Interna que estabeleçam regras para assegurar a livre circulação de mercadorias.
"As cooperativas agrícolas e os agricultores, neste período de crise generalizada para todos, com sentido de dever e responsabilidade, irão continuar a zelar pela produção e manutenção do abastecimento de bens alimentares seguros e de qualidade aos cidadãos", concluiu.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.200 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 82.500 recuperaram da doença.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.
Dos casos confirmados, 553 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
O boletim divulgado pela DGS assinala 5.067 casos suspeitos, dos quais 351 aguardavam resultado laboratorial.
Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.
A Assembleia da República aprovou hoje a declaração de estado de emergência em Portugal proposta pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para tentar reduzir a propagação da Covid-19.
O projeto de decreto prevê que o estado de emergência vigore por 15 dias, como previsto na lei, e contempla a possibilidade de confinamento obrigatório compulsivo em casa ou em estabelecimento hospitalar e restrições à circulação na via pública, a não ser que seja justificada, nomeadamente por razões profissionais, de saúde, assistência a terceiros ou abastecimento de bens e serviços.
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