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BNDES não encontra irregularidades após auditoria milionária

O Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES), instituição financeira de fomento do Governo brasileiro, gastou 48 milhões de reais (10 milhões de euros) com uma auditoria interna, mas não encontrou evidências diretas de corrupção.

BNDES não encontra irregularidades após auditoria milionária
Notícias ao Minuto

06:08 - 21/01/20 por Lusa

Economia Brasil

A informação faz parte do relatório final da auditoria do BNDES, datado de dezembro último e divulgado na segunda-feira pela imprensa brasileira, e que visava investigar operações entre o banco e as empresas JBS, Bertin e Eldorado Brasil Celulose, entre os anos de 2005 a 2018.

Contudo, o relatório não apontou nenhuma irregularidade ou evidência direta de corrupção nas operações realizadas entre o BNDES e as companhias mencionadas.

"Os documentos da época e as entrevistas realizadas não indicaram que as operações tenham sido motivadas por influência indevida sobre o banco, nem por corrupção ou pressão para conceder tratamento preferencial à JBS, à Bertin e à Eldorado", diz o documento.

O relatório completo da auditoria foi entregue às autoridades brasileiras e não foi tornado público na íntegra, apenas um resumo do mesmo.

"Com o compartilhamento do resultado dessa investigação com a Procuradoria-Geral da República e a sociedade, o BNDES mantém firme o seu propósito contínuo de transparência, abrindo os seus dados e se aproximando cada vez mais da sociedade", disse o BNDES em comunicado.

Ao longo da sua campanha eleitoral para as presidenciais de 2018, Jair Bolsonaro frisou inúmeras vezes o desejo de abrir a "caixa preta" do BNDES, devido a operações controversas do banco levadas a cabo pelos Governos do Partido dos Trabalhadores (PT), em 13 anos no poder.

Bolsonaro exigia transparência por parte da instituição financeira e entregou essa missão ao novo presidente do BNDES, o economista Gustavo Montezano, que subsitituiu Joaquim Levy no cargo, por este não ter cumprido a exigência do chefe de Estado, de demitir o executivo Marcos Barbosa Pinto, que havia ocupado cargos de destaque em Governos do PT.

"Hoje, entendemos que não há mais nenhum evento que requeira esclarecimento. A sociedade está com informação de qualidade, substancial", afirmou Montezano, em dezembro último, citado pela imprensa local.

Segundo o jornal brasileiro Estadão, os 48 milhões de reais da auditoria foram pagos a um escritório internacional, o 'Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP', que subcontratou um outro brasileiro, o 'Levy & Salomão'.

Em comunicado, o PT declarou que a "tentativa do Governo Bolsonaro de criminalizar o Partido dos Trabalhadores", a partir das operações financeiras realizadas pelo BNDES, "caiu por terra".

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta, indicou, na rede social Twitter, que há mais de 10 anos circulam mentiras sobre o BNDES envolvendo Lula da silva e Dilma Rousseff, ex-mandatários.

"Agora uma auditoria externa confirma o que sempre dissemos: nunca houve caixa-preta e nunca o BNDES foi tão lucrativo quanto nos Governos do PT. Mas a essa altura a mentira deu cinco voltas ao redor do mundo", escreveu o deputado.

Também a presidente Nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, se manifestou sobre o resultado da auditoria, afirmando que tudo se tratou de uma "tentativa de incriminar" o partido.

"Tentaram incriminar Lula, Dilma, lideranças do PT e gestores do banco. Quem paga por isso? Como reaver a reputação das pessoas? Era uma ação política de acusações orquestradas! Vocês têm de responder por isso. E agora Bolsonaro? E agora Lava Jato, Moro [atual ministro da Justiça]?", questionou Gleisi Hoffmann.

O BNDES é um banco público que foi fundado em 1952 e tem como objetivo realizar financiamentos de longo prazo e investimentos em todos os segmentos da economia brasileira.

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