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BdP considera "factos novos" para avaliar Isabel dos Santos

O Banco de Portugal afirmou hoje que "considera todos os factos novos que possam ser relevantes" para avaliar acionistas de bancos, como a empresária Isabel dos Santos, acionista do EuroBic que viu os seus bens arrestados em Angola.

BdP considera "factos novos" para avaliar Isabel dos Santos
Notícias ao Minuto

17:50 - 02/01/20 por Lusa

Economia Empresária

"O Banco de Portugal considera todos os factos novos que possam ser relevantes para efeitos de avaliação/reavaliação da adequação de quaisquer pessoas que exerçam funções de administração/fiscalização ou sejam acionistas de instituições por si supervisionadas", pode ler-se numa nota enviada pelo banco central à Lusa sobre o caso da empresária Isabel dos Santos.

A instituição liderada por Carlos Costa refere ainda que na avaliação das "questões de adequação (de administradores e acionistas)", sujeitas a segredo, o banco "interage e troca informação, nos limites do quadro normativo aplicável, com todas as entidades e autoridades, nacionais e internacionais, de forma a poder consubstanciar factos que possam ser relevantes no contexto desse juízo".

O banco central relembrou também que a empresária Isabel dos Santos "é acionista do Eurobic (com uma participação de 42,5%)", mas não tem "qualquer outra participação social em qualquer outra instituição financeira supervisionada pelo Banco de Portugal", e "não integra o Conselho de Administração de nenhuma entidade sujeita" à sua supervisão.

O Tribunal Provincial de Luanda decretou o arresto preventivo de contas bancárias pessoais de Isabel dos Santos, do marido, Sindika Dokolo, e do português Mário da Silva, além de nove empresas nas quais a empresária detém participações sociais.

Isabel dos Santos detém participações em Portugal em setores como a energia (Galp e Efacec), telecomunicações (NOS) ou banca (EuroBic).

Portugal captou investimento angolano nos últimos anos, com a maioria concentrada nos setores da energia, banca e telecomunicações, grande parte através da empresária Isabel dos Santos, filha do antigo chefe de Estado de Angola, José Eduardo dos Santos.

Em outubro de 2015, através da Winterfell Industries, a empresária adquiriu a maioria do capital da Efacec Power Solutions, passando Mário da Silva - um dos visados no arresto de bens e 'braço direito' de Isabel dos Santos - a presidir o Conselho de Administração.

A Efacec Power Solutions opera nas áreas da engenharia, energia e da mobilidade.

Nas telecomunicações, Isabel dos Santos detém uma participação na NOS - ainda tentou comprar a PT SGPS, atual Pharol, em novembro de 2014, mas falhou a operação. A entrada no setor deu-se em 20 de dezembro de 2009, quando através da Kento Holding Limited, ficou com 10% da Zon Multimédia.

Em maio de 2012, a Unitel International Holdings B.V. adquiriu 19,24% da operadora, no âmbito de movimentações que tinham como cenário uma possível fusão com a Optimus, da Sonaecom, do grupo Sonae.

Em novembro do mesmo ano, a Sonaecom e Isabel do Santos tornaram pública a operação de fusão, que viria a dar origem à NOS, operadora controlada pela ZOPT, de que são acionistas a empresária angolana e o grupo português liderado Cláudia Azevedo.

Na banca, é a maior acionista do EuroBic - a Santoro Financial Holding SGPS detém 25% e a FiniSantoro Holding Limited 17,5%, de acordo com dados disponíveis no 'site' da instituição -, com 42,5% do capital, após ter comprado uma parte da posição que pertencia ao empresário Américo Amorim.

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