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Trabalhadores na Maia pedem intervenção urgente do Estado nos CTT

O Sindquadros -- Sindicato dos Quadros das Comunicações apelou hoje na Maia, no distrito do Porto, à intervenção urgente do Estado nos CTT, alertando que quanto mais tarde esta ocorrer mais cara irá a solução ficar.

Trabalhadores na Maia pedem intervenção urgente do Estado nos CTT
Notícias ao Minuto

20:25 - 26/09/19 por Lusa

Economia CTT

O apelo foi feito durante uma vigília à porta das instalações da empresa na Maia, que reuniu cerca de 200 trabalhadores "em representação dos cerca de sete mil que operam na empresa", afirmou Samuel Vieira, representante do sindicato.

Em documento enviado à agência Lusa, o sindicato vincou que a empresa "continua a não cumprir com os compromissos de prestação de serviço público" e que a gestão dos CTT "já deu a entender que quanto pior, melhor", numa estratégia, apontam, que visa obter "maior capacidade de renegociação do contrato de concessão" a partir das mais-valias "por a situação da empresa estar cada vez mais degradada".

Em observância de uma situação "que se agrava a cada dia que passa", o sindicato revelou que a empresa "aliena património, contrai empréstimos, entra em negócios ruinosos [...] e distribui dividendos superiores aos lucros" para concluir que a "destruição do valor bolsista dos CTT cifra-se, atualmente, nos 1,2 mil milhões de euros".

Sobre o "encerramento avassalador de estações do correio", menciona o documento do Sindquadros que foram "70 em 2018" sendo que "33 delas em sedes de concelho", acusando ainda o presidente executivo dos CTT, João Bento, "por pressão insistente da ANACOM e da petição pública" de ter assumido a abertura das 33 lojas concelhias "para não entrar em conflito com o ministro das Infraestruturas e da Habitação".

"Só a entrada do Estado no capital dos CTT permitirá travar esta trajetória de desastre. É urgente que o Estado adquira uma participação expressiva no capital social, em moldes idênticos com as práticas mais comuns no setor a nível europeu e internacional", defende o sindicato, para quem "só assim o Estado terá uma voz ativa no controlo da gestão e nas decisões estratégicas do Grupo CTT".

A vigília ocorre numa altura em foram concluídas sem acordo as negociações em torno dos aumentos salariais para 2019, que o sindicato, segundo Samuel Vieira, quer que seja "igual à taxa de inflação, ou seja, de 1,8%", enquanto a empresa "não vai além do 1%".

Denunciou ainda o sindicalista "despedimentos encapotados de dois colegas vítimas de acidentes de trabalho" que a empresa considera "incapazes de exercer a função de carteiro" e que o Sindquadros discorda por entender "estarem ambos habilitados para a função", revelando, a propósito, terem sido "interpostas duas providências cautelares".

"Se esta solução colar ela vai reproduzir-se em muitos outros casos", alertou Samuel Vieira.

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