Cabo submarino da Google "mostra importância" da localização de Portugal
O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, disse hoje à Lusa que o novo cabo submarino da Google, que vai ligar Portugal a África do Sul, demonstra a "importância da localização geográfica" do país.
© Global Imagens
Economia Siza Vieira
"É importante perceber que em Portugal se vai concentrar um grande centro de recolha e transmissão de dados que é proporcionado por este investimento muito significativo", destacou Pedro Siza Vieira, à margem da assinatura do contrato ao abrigo do programa Valorizar, de valorização turística da estrada panorâmica entre Sabrosa e Pinhão, em Sabrosa, distrito de Vila Real.
O governante realçou ainda a "importância da localização geográfica" de Portugal, que está agora "no centro do mundo".
"Portugal é o ponto europeu mais próximo das américas e áfricas", vincou.
A Google anunciou hoje o Equiano, o seu novo cabo submarino que vai ligar Portugal a África do Sul e, consequentemente, África à Europa, o qual deverá estar concluído em 2021.
"Hoje estamos a introduzir o Equiano, o nosso novo cabo privado submarino que irá conectar África com a Europa. Uma vez concluído, o cabo começará na Europa ocidental e atravessará a costa oeste de África, entre Portugal e África do Sul", com áreas ao longo do traçado que permitem alargar conectividade adicional a países africanos, lê-se no blogue da Google.
Considerando este um "investimento muito significativo", Pedro Siza Vieira não precisou o valor que a multinacional americana irá aplicar em Portugal, ou os postos de trabalho que serão criados.
Para o ministro da Economia, este investimento irá permitir "reforçar muito" as comunicações de toda a Europa, desde Portugal para África.
"Este cabo irá permitir reforçar as ligações de dados, voz e imagem da Europa a África", afirmou.
O governante explicou que Portugal passará a ser o centro de "recolha e transmissão desses dados".
A localização geográfica pode ainda permitir, do ponto de vista do transporte marítimo e das telecomunicações, que o território português permita "aproximar os continentes".
A aposta, para o governante, deve continuar a ser o reforço do investimento nos portos, aeroportos e transmissões de dados, "que hoje em dia são a grande riqueza do mundo".
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