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Foi preciso 'plano A' para evitar tempo extra com Champions à espreita

Benfica venceu ontem, sexta-feira, o 1.º de Dezembro, por 2-1, mas o golo final só foi conseguido já nos descontos, isto apesar de as 'águias' se terem apresentado dominadoras e com grande propensão atacante.

Foi preciso 'plano A' para evitar tempo extra com Champions à espreita
Notícias ao Minuto

09:05 - 15/10/16 por Sérgio Abrantes

Desporto Análise

Análise: Até ao lavar dos cestos é vindima, já o diz o ditado popular e ontem, na partida entre Benfica e 1.º de Dezembro, voltou a provar-se. Apesar do domínio evidente das ‘águias’ frente à equipa sintrense, foi preciso esperar pelo último minuto de seis de compensação para se conseguir chegar ao resultado final.

Luisão, o capitão, tantas vezes empurrado para dentro e para fora de polémica, subiu às alturas e desfez o que a ‘garotada’, como o próprio afirmou em conferência de imprensa, nunca deixou de tentar resolver.

Rui Vitória lamentou o baixo rendimento dos seus pupilos, complicando o que parecia fácil, mas há também, analisados os factos a frio, que dar mérito, como o deu o técnico, diga-se, ao adversário.

Linhas fechadas, é certo; muralha intransponível, falta de unidades ofensivamente relevantes no momento de decidir, o 1.º de Dezembro conseguiu manter o nulo durante 50 minutos.

Mas vamos aos factos estatísticos.

Bem manda quem bem obedece’

O Benfica terminou a partida de ontem com 68% de posse de bola, um registo avassalador que mostra bem o domínio que a equipa teve no jogo.

Com 29% de ataque perigoso e 43% do total do tempo útil de jogo no ataque, à formação das ‘águias’ faltaram os habituais argumentos (jogadores) para resolver a partida.

Descalço das suas principais referências atacantes, a equipa das ‘águias’, há que assumi-lo, trabalhou muito. José Gomes, o menino, foi sempre peça inconformada no xadrez de Vitória e esteve, num par de ocasiões, muito próximo do golo.

Ainda prova desse domínio, são as 11 tentativas de golo ‘encarnado’, seis delas com a direção da baliza adversária.

Se os números mandassem, os ‘encarnados’ teriam saído da Amoreira (casa emprestada para este encontro) com outro resultado, mas o futebol é isto.

Forte defensivamente, a equipa de Hugo Martins acabou por aproveitar o erro e capitalizar sobre isso. Num partida com poucos cartões amarelos, mas lances de intensa disputa sobre o relvado, Ederson – agora a frio – deveria ter sido expulso.

Os sintrenses empataram a partida aos 62 minutos e teve de ser a experiência a resolver. 

Substituições: Quando os tenentes não marcham chama-se o capitão

A estratégia montada por Rui Vitória para esta partida pareceu, nos minutos iniciais, dar frutos. Atacante, sem olhar para trás, a águia começou (e terminou) a partida a sufocar.

Os primeiros 45 minutos foram de domínio completo, mas faltava aos jovens atletas, muitos deles sem rotação, instinto matador.

Percebendo isso, o técnico do clube da Luz apostou todas as fichas nas substituições. Primeiro fez entrar Gonçalo Guedes para agitar o jogo (e resultou); depois fez entrar Pizzi e Mitroglou, oferecendo outra presença em campo, mas sem grande resultado prático.

Porém, a arma para o sucesso do encontro estava já em campo: Luisão. Com alma forjada na dedicação, no suor e na entrega, o Capitão, já nos descontou, com um cabeceamento bem colocado, acabou por resolver o que já parecia não ter solução.

Com os segundos a voarem para o apito final, foi o brasileiro que conseguiu arranjar espaço para o golo que tinha escapado desde a igualdade (62’).

Ferrari teve tantos cavalos que ameaçou ser... Fiat

Se o resultado do encontro nunca esteve em causa, se a equipa acabou por poupar alguns dos habituais titulares, durante a partida de ontem, com a Liga dos Campeões já a fazer sombra, Rui Vitória deve ter pensado que não seria possível poupar os seus pupilos ao prolongamento.

Se a equipa esteve bem montada, há que dizer que também acusou, de tempos a tempos, falta de cabeça – o técnico, ele mesmo, pediu-o a meio do jogo.

Ainda assim, a vitória do Benfica, pelo que foi produzido em campo, parece ser o único resultado justo, sendo que se o conseguisse no prolongamento teria sido mais justo para o combativo 1.º de Dezembro. 

Daqui a dias há novo encontro, desta feita de exigência máxima, frente ao Dínamo Kiev.

1.º de Dezembro Vs. Benfica
32% Posse de bola 68%
16% Ataque perigoso 29%
41% Ataque 43%
43% Bola segura 28%
5 Tentativas de golo 11
3 Remates 6
2 Remates fora 5
2 Cantos 11
20 Livres diretos 25
7 Fora de jogo 5
5 Cartões amarelos/vermelhos 3
18 Faltas 15

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