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Empregado do Arsenal despede-se para que Wenger possa comprar jogadores
Funcionário da loja do clube lamenta a justificação do treinador francês para não investir no mercado de transferências.
© Reuters
Desporto Insólito
O Arsenal não está a ter o melhor dos inícios de época – perdeu na primeira jornada, com o Liverpool, e empatou na segunda, com o Leicester City – o que tem feito aumentar o nível de insatisfação dos adeptos.
No último encontro, frente ao campeão inglês, muitos deles gritaram a alto e bom som uma mensagem bastante direta para o técnico Arsène Wenger: “Gasta algum dinheiro!”.
Na conferência de imprensa que se seguiu à partida, o francês respondeu ao apelo dizendo que o que mais o preocupa num “clube com 600 empregados é ter dinheiro para lhes pagar no final do mês”.
Um funcionário e adepto dos ‘gunners’ não gostou da reação e, numa carta revelada pelo jornal britânico The Sun, apresentou a demissão, num gesto simbólico que visa forçar Wenger a recorrer ao mercado de transferências.
“Sou um ávido adepto do clube e é com grande pesar que informo que me demito do meu trabalho enquanto funcionário do Arsenal. Por favor, aceite este aviso de duas semanas. O meu último dia será a nove de setembro de 2016”, escreve o adepto, numa carta que data de 22 de agosto.
“Adorei os meus dois anos a trabalhar na loja do Arsenal. Enquanto adepto, foi um sonho trabalhar para o clube que adoro. A minha decisão de abandonar prende-se com os comentários do Sr. Arsène Wenger acerca dos funcionários após o recente empate com o Leicester City. Culpar o facto de ter de pagar a 600 pessoas que trabalham no Arsenal para não comprar um jogador é uma vergonha”, lamenta o adepto, cujo nome é mantido em segredo.
“Recebo 314,26 euros por semana. Ao longo de 52 semanas, totaliza 16 341,5 euros por ano. O Theo Walcott recebe dez vezes esse valor por semana. Espero que, com o meu ordenado de fora da folha salarial do clube, isso liberte o dinheiro para que o Sr. Wenger compre mais jogadores. Não quero continuar a ser um fardo para o clube. Hoje, o número de empregados do clube desce para 599”, remata.
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