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"O Taarabt perguntou-me se ouvi tiros e comecei a rir-me

Seleção marroquina ficou retida na Guiné-Conacri durante um golpe de estado.

"O Taarabt perguntou-me se ouvi tiros e comecei a rir-me
Notícias ao Minuto

21:38 - 08/09/21 por Notícias ao Minuto

Desporto Marrocos

No passado domingo, a seleção de futebol de Marrocos viu-se envolvido numa verdadeira situação de terror. Antes do jogo de segunda-feira com a Guiné-Conacri, que entretanto foi adiado para data ainda a definir, a comitiva de Marrocos  ficou retida durante várias horas na unidade hoteleira onde estava instalada, devido a um golpe de estado que estava a acontecer em Conacri.

O selecionador de Marrocos já tinha referido que o cenário era de autêntica guerra e Amrabat sustentou também agora, ao jornal neerlandês De Telegraaf, essa opinião.

"Nunca esperas ir para um jogo internacional e acabar no meio de um golpe militar. No domingo de manhã, o Taarabt perguntou-me se tinha ouvido tiros e comecei a rir. Disse-lhe que devia ser fogo-de-artifício. Às vezes os adeptos locais fazem esse tipo de coisas do lado de fora do hotel para atrapalhar o descanso da equipa adversária. Só que depois fomos à internet e vimos o que realmente se passava. A minha família estava muito preocupada e enviaram mensagens a perguntar se estávamos bem. É assustador quando ouves tiros, depois silêncio, e logo a seguir mais tiros", relatou Sofyan Amrabat, médio da Fiorentina.

A seleção de Marrocos lá saiu do hotel escoltada por militares e o embarque no voo de regresso decorreu sem sobressaltos.

"É tão estranho veres veículos militares ao lado do autocarro... Chegámos ao aeroporto e o nosso avião estava na pista, mas estava bloqueado pelos militares. Só com a intervenção do Rei de Marrocos, que entrou em contacto com os novos responsáveis da Guiné, é que nos deixaram entrar no avião", contou ainda o futebolista.

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