Sem qualquer minuto pela seleção desde março, João Mário voltou às contas da Equipa das Quinas para os encontros com o Luxemburgo e com a Ucrânia, da qualificação para o próximo Campeonato da Europa. Na conferência de imprensa de antevisão deste duplo compromisso da turma de Fernando Santos, o médio, de 26 anos, mostrou-se satisfeito com o regresso, admitiu ter ficado desiludido com a ausência da final da Liga das Nações, e foi ainda convidado a falar sobre as recentes acusações de racismo de que foi alvo o colega de equipa Bernardo Silva.

Confira tudo o que disse o atual jogador do Lokomotiv na conferência de imprensa:

Acusações de racismo de Bernardo Silva: "O Bernardo não ficou afetado. É uma excelente pessoa, já o conheço há muitos anos. Vi o que não aconteceu, não faz sentido acusar alguém como ele de algo tão grave. Não tem nenhuma lógica o que está a acontecer. Mas ele é forte e sabe como é o futebol. Hoje em dia, as redes sociais e tudo mais têm a influência que têm. Mas afetado ele não vai estar, é muito forte mentalmente e sabe a verdade, que tudo se tratou de apenas uma brincadeira com um amigo. Espero que ele esteja focado porque é um jogador muito importante para nós. Não há mais comentários a fazer".

Expectativas para o jogo: "O estádio vai estar lotado. Se os portugueses aderiram tanto ao jogo, nós queremos fazer o mesmo. Acho que temos de pensar a jogo e focar neste jogo com o Luxemburgo, um adversário com qualidade. É muito importante conquistarmos os três pontos, pois o nosso objetivo é ficar em primeiro no grupo".

Regresso a Alvalade: "Só joguei uma vez em Alvalade pela seleção, num amigável frente à França. É sempre muito especial para mim. Fico muito feliz por a seleção voltar a jogar em Alvalade, um estádio onde fui muito feliz e onde me sinto em casa. Espero que Alvalade possa trazer sorte a Portugal e que possamos vencer o jogo.

Ambiente na seleção: "Temos um grupo muito compacto, que se conhece muito bem. O ambiente na seleção é ótimo".

Concorrência por lugar na seleção: "Para quem está habituado a vir à seleção, foi duro ficar de fora da final da Liga das Nações. Fiquei triste, mas consigo entender que num meio-campo com tantas opções, com tanta qualidade, é muito difícil. Depois da final da Liga das Nações pensei nisso mesmo, que tinha de dar um rumo diferente à minha carreira. Agora estou a jogar e fico contente por ser opção para o selecionador e isso é o mais importante. Temos qualidade não só para omeio-campo, mas também noutras posições. Grandes jogadores ficam de fora.

Favoritismo de Portugal: "Não podemos desvalorizar o Luxemburgo, temos visto os resultados que têm feito. Têm o mesmo treinador há nove anos, isso não é por acaso. Temos soluções para os vencer, mas teremos de dar tudo para vencê-los. É um adversário muito duro"

Regresso à seleção: "Para mim estar na seleção é sempre uma lageria. Foi para isso que mudei de clube, para poder ser opção. Só jogando é que posso estar cá. Estar na seleção é sempre uma oportunidade nova, estou muito feliz por estar cá".