Foi com o pé direito, ou melhor com a cabeça de Diogo Leite, que o FC Porto entrou na fase de grupos da Taça da Liga. Os dragões receberam o Santa Clara – pela segunda vez numa semana – e voltaram a vencer. Desta vez o resultado ficou-se pela margem mínima (1-0) num jogo onde Shoya Nakajima foi a estrela mais brilhante.

Ainda assim nota positiva para a exibição da equipa do FC Porto, que sem ser brilhante, mostrou a Sérgio Conceição que há vários nomes a ter em conta para a temporada que se adivinha longa. Diogo Leite, Romário Baró, Fábio Silva ou até mesmo Mbemba, mostraram ser soluções viáveis.

Figura do jogo: Nakajima participou diretamente num golo pela primeira vez desde que chegou ao FC Porto. O pequeno japonês assistiu Diogo Leite para o golo em cima do intervalo, mas foi o que fez durante todo o jogo que o coloca nesta distinção. Pisou terrenos interiores, procurou o espaço vazio e foi sempre uma peça importante no desenho ofensivo dos dragões. Encheu o campo com a sua técnica e acabou muito fustigado pelas entradas duras dos adversários. Nakajima chama pela titularidade… será que Sérgio Conceição ouviu esta chamada?

Surpresa: Mbemba alinhou na posição mais recuada do meio-campo. Muitas vezes recuava tanto que parecia um terceiro central, mas foi na posição de Danilo que esta quarta-feira foi destacado a jogar. Sempre muito esforçado, não é fácil fazer esquecer o camisola 22 dos dragões, ainda para mais se tivermos em conta que é um central de raíz. Mas mostrou ao treinador que é uma alternativa válida para a posição.

Desilusão: No meio de tantas novidades, Tiquinho Soares era um dos jogadores mais habituados a somar minutos no onze apresentado. Ainda assim, a experiência não foi tudo. Dispôs de algumas situações para criar perigo, mas não era a sua noite. Nunca conseguiu ser uma ameaça para a baliza de André Ferreira.

Sérgio Conceição: Rodou a equipa e rodou bem. Notou-se que preparou bem a estratégia e os jogadores mostraram que a confiança depositada não foi um erro. No final o resultado foi positivo. Uma entrada com o pé direito numa competição, onde o FC Porto no ano passado atingiu a final.

João Henriques: Esperava-se mais neste segundo confronto. Se para o campeonato, o Santa Clara deu alguma luta, neste encontro para a Taça da Liga, o técnico dos açorianos podia ter explorado melhor a rotação feita pelos portistas. Uma segunda parte muito fraca da sua equipa, que se limitou a ser agressiva.

Árbitro António Nobre: Tentou controlar os ímpetos agressivos com a amostragem de vários cartões amarelos. Não existiram grandes lances polémicos, o que ajudou a sua exibição.