'Los Objetos Amorosos' foi a melhor longa do festival Queer Lisboa 21
A longa-metragem 'Los Objetos Amorosos', de Adrián Silvestre, venceu o Prémio para a Melhor Longa-Metragem do Festival de Cinema Queer Lisboa 21, tendo o júri atribuído o prémio de Melhor Atriz a Laura Rojas Godoy e a Nicole Costa.
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Os prémios foram hoje anunciados na sessão de encerramento do festival, durante o qual foram exibidos 90 filmes de 32 países diferentes.
O júri, composto por Isabel Abreu, Marcos Rocha e Yann Gonzalez, considerou "Los Objetos Amorosos" um "exercício de realização intenso e arriscado. Um mergulho que parece não ter medo de falhar. Uma viagem que transforma o espectador num objeto, tal como as personagens, entre a ficção e o documental, a raiva e o amor."
Sobre a escolha de Melhor Atriz, o júri decidiu desta forma "premiar as interpretações cruas, imprevisíveis e poderosas de Nicole Costa e Laura Rojas Godoy, em 'Los Objetos Amorosos', de Adrián Silvestre.
O prémio de Melhor Ator foi atribuído a Owen Campbell, pela sua interpretação em 'As You Are', realizado por Miles Joris-Peyrafitte, "pelo seu retrato delicado de um adolescente sensível, pela maneira como olha para o parceiro com os olhos luminosos de alguém que se está a apaixonar pela primeira vez".
O júri atribuiu uma Menção Especial a 'Corpo Elétrico', realizado por Marcelo Caetano, o qual "configura um cenário onde corpos sexuados de distintas gerações, classes sociais e raças transitam por espaços diversos da cidade sem que a questão da expressão das sexualidades não hegemónicas se caracterize como um problema para o conjunto das personagens".
A escolha do público foi Close-Knit (Japão, 2017), de Naoko Ogigami.
O Prémio de Melhor Documentário foi atribuído ao filme 'Small Talk' (Taiwan, 2016), realizado por Hui-Chen Huang.
Para o júri da Competição de Documentários - Luísa Homem, Rui Filipe Oliveira e Sérgio Tréfaut -- trata-se de "um filme com uma dramaturgia surpreendente que revela em pequenas, grandes conversas a história privada de uma família: três gerações, duas mães e duas filhas".
"Uma mãe e avó lésbica é questionada pela filha realizadora, sobre a sua identidade e vida passada, com o intuito de quebrar silêncios e evitar a repetição de modelos de sofrimento".
A Menção Especial nesta categoria foi atribuída a 'Vivir Y Otras Ficciones', realizado por Jo Sol, que o júri classifica de "um filme importante por abordar cinematograficamente a vida sexual dos portadores de diversidade funcional e revelar como este tema se mantém tabu mesmo dentro dos universos mais progressistas".
O filme premiado pelo Público nesta competição foi 'Entre os Homens de Bem', realizado por Caio Cavechini e Carlos Juliano Barros.
O filme 'Les Îles', realizado por Yann Gonzalez, foi a escolha do júri para melhor curta-metragem.
O júri, composto por Ana Moreira, Jorge Jácome e Francisco Moreira, justificou a sua seleção "pela segurança que demonstra na construção do seu universo plástico, pela forma como neste filme o desejo habita e se manifesta em diferentes corpos, todos se reconhecem e todos se projetam".
'Coelho Mau', realizado por Carlos Conceição, foi a escolha do júri para uma Menção Especial, "pela elegância na composição da ´mise-en-scéne`, onde o realizador trabalha de forma singular o tema da morte e do desejo".
A curta premiada pelo público foi 'Tailor', realizada por Calí dos Anjos.
O Prémio de Melhor Filme de Escola foi atribuído à curta-metragem 'Étage X', de Francy Fabritz, recebendo menções especiais 'Loris Sta Bene', de Simone Bozzelli, e 'Rute', de Ricardo Branco.
O júri da competição Queer Art (Carlota Lagido, Colby Keller e João Onofre) atribuiu o Prémio de Melhor Filme Queer Art a 'Occidental', realizado por Neïl Beloufa.
"Porque todos nós sabemos que os italianos não bebem Coca-Cola e porque o preconceito projetado é um dos problemas centrais do nosso tempo, o prémio vai para 'Occidental', realizado por Neïl Beloufa", refere o júri.
O mesmo júri atribuiu uma Menção Especial a 'A Destruição de Bernardet', realizado por Claudia Priscilla e Pedro Marques, classificando-o como um "documentário brilhante que apresenta uma personagem maior que a vida de amor e ódio".
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