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'Batman v Superman': Um mega vilão num filme de visuais de luxo

‘Batman v Super-Homem: O Despertar da Justiça' chega dia 24 de março às salas de cinema portuguesas.

Notícias ao Minuto

11:00 - 23/03/16 por Anabela de Sousa Dantas

Cultura Estreia

Quem vigia o vigilante? Assim questionava o poeta Juvenal e antes dele Platão nos primórdios da formação da sociedade da separação de poderes. Uma questão que, ainda hoje, dia sim dia sim, está refletida nas capas dos jornais. Neste sentido, os argumentistas Chris Terrio (‘Argo’) e David S. Goyer (‘Batman Begins’, ‘The Dark Knight’, ‘The Dark Knight Rises’) vão adiante e perguntam: É o poder sempre inocente?

Esta é a premissa que dá o mote a ‘Batman v Superman: The Dawn of Justice’ (‘Batman v Super-Homem: O Despertar da Justiça'), realizador por Zack Snyder (‘Dawn of the Dead’, ‘300’, ‘Watchmen’).

A cidade de Metropolis foi arrasada por um exército de extraterrestres, deixando uma fatura moral que as autoridades públicas querem ver paga e muitos cidadãos apontam para o Super-Homem. Um deles é Bruce Wayne.

Ao longo de duas horas e meia, o espetador é guiado através de cenas de ação de cortar a respiração – umas mais, outras menos, um risco do CGI – embelezadas por uma fotografia de aspiração quase poética e por um painel de atores de primeira linha.

Ben Affleck: o leitor lembrar-se-á, decerto, da reação à notícia de que seria Affleck a receber o testemunho deixado por Christian Bale na interpretação do anti-herói da cidade de Gotham. Não foi bonito. E se pensou logo em ‘Daredevil’ ficou, com certeza, com um buraco no peito.

Pois saiba que o trailer não faz justiça ao Batman de Ben Affleck. Seguro e bastante sombrio, o ator de ‘Gone Girl’ não pinta fora das linhas. Mas é só isso: Christian Bale continua a ser o Batman interessante que já vimos no grande ecrã.

Jesse Eisenberg (‘The Social Network’) é uma surpresa agradável na pele de Lex Luthor. Um vilão em crescendo, que se desenvolve ao longo da trama, mas que transparece algo de maléfico logo à partida, com uma tensão sempre presente, resultado de uma personalidade complexa e altamente instável.

Jeremy Irons interpreta Alfred, o mordomo de Batman, e fá-lo de forma competente no pouco espaço de ecrã de que beneficia, assim como acontece com Diane Lane, Laurence Fishburne, Holly Hunter e a belíssima Gal Gadot, tão subaproveitada na pele de Wonder Woman.

Henry Carvill desempenha o poderoso ‘homem de ferro’, num elenco que ainda conta com Amy Adams, como Lois Lane. Nota ainda para um cameo de Ezra Miller como Flash, um prenúncio do que se seguirá, talvez.

Uma colisão humana, meta-humana e sobrenatural, ficando no final a sensação de que fala de tudo e de coisa nenhuma mas de uma forma épica (sim, este filme é para ser fruído numa sala Imax, beneficiando ao máximo de som e imagem).

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