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Sérgio Godinho canta 'democracia' em tributo a moçambicano Azagaia

'Democracia' foi a música escolhida por Sérgio Godinho para, aos 77 anos, e sem acompanhamento musical, cantar hoje em Lisboa, numa homenagem ao rapper Azagaia, artista moçambicano falecido no início de março, que juntou dezenas de músicos e centenas de pessoas.

Sérgio Godinho canta 'democracia' em tributo a moçambicano Azagaia
Notícias ao Minuto

23:29 - 06/04/23 por Lusa

Cultura Lisboa

Azagaia, conhecido pela sua música de intervenção e comprometida com o povo, tem "grande afinidade" com Sérgio Godinho, explicou o músico à Lusa, diferenciando-se do papel intervencionista de Azagaia, mas lembrando que ele também colaborou com músicos rappers.

"Tenho uma costela indireta rapper", disse Sérgio Godinho, à margem do tributo, que teve lugar na Casa Independente, em Lisboa, e que começou uma hora depois do agendado, cerca das 21:30, e cerca de uma hora após o início mantinha dezenas de pessoas na fila para entrar, algumas com símbolos de Moçambique como a bandeira nacional.

O primeiro a subir a palco foi João Afonso, o sobrinho do cantor e compositor Zeca Afonso, agradeceu "o exemplo" de Azagia e declamou um dos versos de Azagaia de 'As mentiras da verdade': "Se eu te dissesse Que a historia que tu estudas tem mentiras Que o teu cérebro é lavado em cada boa nota que tiras Que a revolução não foi feita só com canções e vivas Houve traição, tortura e versões escondidas".

Além de Sérgio Godinho e João Afonso, Valete, Paulo Flores, Maria João e Karyna Gomes foram alguns dos músicos que atuaram no espetáculo, onde também foram divulgados vídeos de Azagaia.

Madgda Buriti, da organização do evento, contou que esgotaram os bilhetes para participar no tributo, reconhecendo que "superou as expectativa" e salientando que a voz "que Azagaia é continua".

Azagaia morreu em 09 de março, consternando milhares de fãs e sobretudo jovens que se reveem nas suas mensagens.

Depois da morte do rapper, foram organizadas manifestações em homenagem, mas que foram reprimidas pela polícia, o que gerou críticas de organizações nacionais e internacionais.

Leia Também: Rapper Valete quer perpetuar mensagem do "mano Azagaia"

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