PSP e GNR em 'estado de guerra' devido a modelo policial
As reformas orgânicas na PSP e na GNR anunciadas há cerca de um ano pelo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, deixaram as duas forças de segurança de costas voltadas. A ideia de unir polícia civil e polícia militar não agrada a todos e ninguém quer abrir mão do seu espaço na sociedade portuguesa, escreve na edição de terça-feira o Diário de Notícias.
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País Segurança
Polícia única, de natureza civil, ou o actual sistema dual de polícia, eis a questão. Os ânimos estão exaltados entre a PSP e a GNR. Cada força de segurança puxa a brasa à sua sardinha e o modelo de polícia única não parece ser do agrado geral.
Em Fevereiro, o Sindicato de Oficiais de Polícia (SOP) divulgou um estudo onde defendia a criação de uma polícia única, de natureza civilista. O documento assegurava que a união da PSP, GNR e SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) iria permitir ao Estado poupar cerca de 145 milhões de euros anuais. Mas nem GNR nem SEF gostaram destas conclusões. Para o Major Dias, presidente da Associação Nacional de Oficiais da Guarda (ANOG), o referido estudo não passa de um “embuste” e de uma proposta “propagandística” com “números falseados” que pretende “dar a entender à opinião pública que a PSP é uma instituição mais barata, que a GNR é mais cara e que o País lucraria mais em fundir as duas numa só”.
Em sua defesa, Hélder Andrade, responsável do SOP, garante que se “trata apenas de um documento de estudo para ser discutido e um convite às pessoas que queiram economizar custos sem prejudicar a segurança dos cidadãos”.
Certo é que várias fontes asseguraram ao Diário de Notícias que o comandante geral da GNR, Newton Parreira, e o director nacional da PSP, Paulo Gomes, “praticamente não se falam”. Esta situação tem colocado o ministro Miguel Macedo na linha de fogo, sendo que ainda não se pronunciou sobre qual será, afinal de contas, o modelo de segurança a ser seguido.
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