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Condições em que vivem reclusos em Évora "não são as melhores"

A prisão de Évora, onde o ex-primeiro-ministro José Sócrates está em prisão preventiva, "está sobrelotada" e as condições em que vivem os reclusos "não são as melhores", afirmou hoje a Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda (ASPIG/GNR).

Condições em que vivem reclusos em Évora "não são as melhores"
Notícias ao Minuto

13:15 - 22/12/14 por Lusa

País ASPIG

Évora, 22 dez - A prisão de Évora, onde o ex-primeiro-ministro José Sócrates está em prisão preventiva, "está sobrelotada" e as condições em que vivem os reclusos "não são as melhores", afirmou hoje a Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda (ASPIG/GNR).

Uma delegação ASPIG/GNR visitou hoje de manhã o Estabelecimento Prisional de Évora e teve um encontro com elementos da GNR e de outras forças de segurança que ali se encontram detidos, não tendo participado o antigo chefe de Governo socialista.

"As pessoas foram condenadas e são prisioneiras, mas merecem alguma dignidade. Iremos denunciar junto da direção-geral [Direção geral de Reinserção e Serviços Prisionais] as condições em que estas pessoas aqui vivem, que não são as melhores", disse o presidente da associação, José Alho, aos jornalistas, à saida da prisão alentejana.

Segundo o mesmo responsável, entre os problemas apontados pelos reclusos contam-se o sistema de chamadas [telefónicas], "a falta de uma máquina para secar roupa" e "as condições das próprias instalações".

A título de exemplo, disse, os reclusos "habitam celas que, no fundo, são camaratas", em que "uma série de pessoas vive no mesmo quarto".

Trata-se, segundo José Alho, de "uma prisão pequena e que está sobrelotada".

"As pessoas merecem o nosso respeito e dignidade e é o que esta prisão, em termos estruturais e físicos, não tem e podia ter, conforme muitas prisões têm", referiu.

O dirigente associativo reiterou que "o rol de situações" identificado vai ser apresentado pela associação aos responsáveis da Direção-geral de Reinserção e Serviços Prisionais

"São questões que podiam ser resolvidas e penso que vai haver vontade para as resolver", concluiu.

O Estabelecimento Prisional de Évora foi alvo de uma requalificação durante o Governo de José Sócrates e em 2008 passou da valência de cadeia regional para a de alta segurança e de reclusão para elementos das forças de segurança.

Além dos reclusos que exercem ou exerceram funções em forças ou serviços de segurança, a prisão alentejana destina-se também ao internamento de outros reclusos que necessitem de especial proteção, como políticos, magistrados, advogados, jornalistas, entre outros, como define o Decreto Lei n.º21/2008, de 31 de janeiro.

SYM/MLM // PJA

Noticias Ao Minuto/Lusa

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