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El País boicota artigo que compara Merkel a Hitler

No artigo de opinião ‘Alemanha contra a Europa’, o professor universitário Juan Torres López comparava a chanceler alemã, Angela Merkel, a Hitler. Uma onda de reacções indignadas, provenientes de vários países europeus, levou o jornal espanhol El País a retirar o artigo do site, justificando que continha afirmações “pouco apropriadas”.

El País boicota artigo que compara Merkel a Hitler
Notícias ao Minuto

09:18 - 25/03/13 por Notícias Ao Minuto

Mundo Espanha

A chanceler alemã “Merkel, tal como Hitler, declarou guerra à Europa para manter o espaço económico vital para a Alemanha”, escreveu Juan Torres López, professor de Economia da Universidade de Sevilha, no artigo de opinião 'Alemanha contra a Europa' publicado ontem (domingo) no site do jornal espanhol El País.

Acrescentava ainda o espanhol que, Merkel “castiga-nos para proteger as suas grandes empresas e bancos, e também para ocultar, perante o seu eleitorado, a vergonha de um modelo que fez com que o nível de pobreza no seu país seja o mais alto das últimas duas décadas, em que 25% dos seus empregados ganham menos de 9,15 euros/hora, ou que à metade da sua população corresponda um miserável 1% de toda a riqueza nacional”.

Estas, entre outras, afirmações não caíram bem aos leitores que, um pouco por toda a Europa, designadamente na Alemanha, se indignaram com a comparação ao antigo ditador daquele território. O chefe da redacção em Paris da revista Der Spiegel considerou mesmo que “o El País ficou louco”.

Algum tempo depois, já a avalanche de críticas se tornava viral na Internet, o jornal espanhol decidiu retirar o artigo do site, substituindo-o por um comunicado editorial que lamentava o sucedido, que partiu de “um erro de supervisão”, e considerava as afirmações de Juan Torres López “pouco apropriadas”, apesar de referir que as mesmas “só representam o autor”.

O professor de Economia lamentou também, mais tarde, no seu blogue pessoal, que “se interprete a tese demonstrada no artigo como uma comparação entre Merkel e Hitler”, esclarecendo que é “evidente que de nenhuma maneira” o é, ainda que as políticas “sejam igualmente danosas”.

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