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Alemanha gastará 15.000 milhões com refugiados entre 2015 e 2016

A Alemanha gastará 15.000 milhões de euros entre este ano e o próximo para tratar dos refugiados, segundo cálculos divulgados hoje pelos principais institutos económicos do país.

Alemanha gastará 15.000 milhões com refugiados entre 2015 e 2016
Notícias ao Minuto

12:56 - 08/10/15 por Lusa

Mundo Estudo

Os representantes daqueles centros de investigação abordaram as implicações económicas para a Alemanha da crise dos refugiados ao apresentarem numa conferência de imprensa em Berlim o seu "Diagnóstico conjunto" de outono.

Calculam que a chegada em grande número de requerentes de asilo à Alemanha -- estimada em 900.000 em 2015, face aos 800.000 previstos pelo governo -- terá um custo financeiro de 4.000 milhões este ano e à volta de 11.000 milhões de euros em 2016.

Esta despesa, principalmente gasto público -- em alojamento e alimentação, por exemplo -- e consumo direto -- transferências para os refugiados -, "funciona como um programa de impulso" económico do governo, indicou Ferdinand Fichtner, do Instituto Alemão para a Investigação Económica (DIW).

Os 11.000 milhões de euros destinados a refugiados no próximo ano equivalem a 0,75% do produto interno bruto (PIB) da Alemanha, disse Fichtner.

Oliver Höltenmüller, do Instituto Leibniz para a Investigação Económica de Halle, sublinhou que, "sem dúvida", a Alemanha tem "força económica" para enfrentar a crise dos refugiados, considerando que "é uma questão de vontade política, não de capacidade" económica.

Para que o processo tenha sucesso em termos económicos "a integração no mercado laboral" dos refugiados é "o mais importante", disse Roland Döhrm, do Instituto de Renania-Westfalia para a Investigação Económica.

Os economistas defendem a aposta em cursos de línguas, formação profissional e reconhecimento de qualificações, bem como a simplificação dos processos burocráticos, para facilitar a empregabilidade dos refugiados.

O documento refere como a integração dos refugiados no mercado laboral pode reverter o notado envelhecimento da sociedade alemã e evitar possíveis desequilíbrios nas finanças públicas, devido ao aumento do custo total das pensões.

De acordo com o "Diagnóstico conjunto", a taxa de desemprego ficará este ano nos 6,4% e crescerá ligeiramente em 2016 para os 6,5%, enquanto o crescimento da maior economia europeia será em 2015 de 1,8%.

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