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Inundações matam 40 pessoas na Coreia do Norte

Pelo menos 40 pessoas morreram no último fim de semana na Coreia do Norte na sequência das inundações que afetaram a zona fronteiriça do nordeste do país que foi atingido por intensas chuvas, divulgou hoje a Cruz Vermelha.

Inundações matam 40 pessoas na Coreia do Norte
Notícias ao Minuto

14:24 - 26/08/15 por Lusa

Mundo Cruz Vermelha

As chuvas fortes provocadas pela passagem do tufão Goni atingiram sobretudo a zona económica especial de Rason, onde convergem as fronteiras da Coreia do Norte, da Rússia e da China, indicou a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC, na sigla em inglês), num comunicado.

As inundações afetaram mais de 11 mil pessoas, referiu a organização internacional humanitária, que precisou que 153 casas ficaram totalmente destruídas e outras 849 sofreram danos.

A organização informou ainda que a unidade local da Cruz Vermelha enviou para o terreno uma equipa de 80 elementos para ajudar na deslocação de pessoas e na distribuição de bens não alimentares, em cooperação com outros elementos da IFRC.

Entre os bens distribuídos constavam, entre outros, lonas, tendas familiares, utensílios de cozinha, recipientes de água, colchas, 'kits' de higiene e comprimidos de purificação de água.

"Está prevista mais chuva [para a Coreia do Norte] e muitas áreas em risco de desastre em outras províncias podem ser afetadas", disse Khaled Masud Ahmed, representante da área de gestão de catástrofes da IFRC na Coreia do Norte, citado no comunicado.

A agência noticiosa norte-coreana oficial KCNA confirmou o registo de 40 "baixas humanas" em Rason, bem como informou que grandes áreas agrícolas ficaram inundadas.

A KCNA referiu ainda que as intensas chuvas provocaram danos graves em 5.240 casas, 99 edifícios públicos e 51 estações ferroviárias.

Em junho passado, a comunicação social oficial norte-coreana anunciou que a Coreia do Norte, sobretudo as principais províncias produtoras de arroz, enfrentava a pior seca do último século, cenário que poderia agravar a escassez de alimentos registada naquele país com 24 milhões de habitantes.

As más condições meteorológicas agora registadas agravam ainda mais a crise alimentar na Coreia do Norte, uma vez que o país não tem tecnologia agrícola avançada e infraestruturas adequadas.

Décadas de desflorestação e infraestruturas envelhecidas também deixam a Coreia do Norte mais vulnerável a inundações.

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