Meteorologia

  • 26 ABRIL 2024
Tempo
16º
MIN 12º MÁX 17º

Peritos da ONU criticam resposta europeia à crise do Mediterrâneo

Os responsáveis das Nações Unidas criticaram a resposta da União Europeia à crise no Mediterrâneo, considerando que deve haver um plano abrangente para instalar os refugiados e não apenas um enfoque na proteção de fronteiras.

Peritos da ONU criticam resposta europeia à crise do Mediterrâneo
Notícias ao Minuto

12:12 - 25/04/15 por Lusa

Mundo Naufrágio

"Destruir barcos é só uma solução de vistas curtas" para combater os traficantes, "que vão continuar a adaptar-se enquanto houver um mercado para explorar", disseram na sexta-feira, num comunicado conjunto, os especialistas das Nações Unidas em direitos dos migrantes e tráfico humano Francois Crépeau e Maria Grazia.

Para além das críticas à falta de um plano abrangente de instalação de refugiados, os peritos da ONU referem ainda que o financiamento de emergência pode não ser suficiente se o número de migrantes e de pessoas que pedem asilo e que chegam por via marítima continuar a aumentar.

"A União Europeia tem de ir além do modo de emergência e desenhar uma política mais abrangente que inclua uma política abrangente de realojamento nos próximos cinco a seis anos para acolher todos aqueles que precisam de proteção internacional e oferecer soluções duradouras para eles e para os seus descendentes", consideram os peritos da ONU.

A União Europeia deve ainda, concluem, "reconhecer as suas necessidades no mercado de trabalho de baixo custo, e deve rapidamente abrir muitas mais 'avenidas legais de migração' para mais imigrantes com todos os níveis de qualificação".

A situação trágica no Mediterrâneo, com a morte de 800 imigrantes no passado dia 19, levou os líderes da União Europeia (UE) a adotarem quinta-feira medidas de combate ao tráfico de imigrantes ilegais ainda em terra.

Entre as decisões saídas do Conselho Europeu figura a destruição das embarcações antes que os contrabandistas as possam utilizar, o aumento da cooperação contra redes de contrabando, através da Europol e colocando agentes de imigração em países terceiros e aumentar para 120 milhões de euros o orçamento da missão "Tritão", para operações de patrulhamento e salvamento no Mediterrâneo.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório