Sexismo benevolente: Estará o cavalheirismo a passar de moda?
Segurar a porta ou sorrir a uma mulher é um gesto normalmente bem recebido pelo sexo feminino. Contudo, referem investigações que este comportamento pode esconder um tipo de atitude sexista.
© Reuters
Mundo Investigação
Investigadores de Boston, nos Estados Unidos, defendem que comportamentos tipicamente associados a gestos de cavalheirismo podem ser encarados como uma espécie de sexismo/machismo benevolente. Como se distingue este tipo de outro, apelidado de hostil? Os homens que se enquadram no primeiro caso são mais simpáticos e sorriem mais.
Segundo defendem os investigadores norte-americanos, os cavalheiros são sexistas camuflados, mais difíceis de descortinar, sobretudo porque os seus atos são confundidos como sendo de galanteria, adotando, contudo, uma postura mais paternalista e protetora, entre outros aspetos.
Este tipo de indivíduos do sexo masculino, segundo a investigação desenvolvida em Boston, refere que os homens tendem a ver as mulheres como serem incompetentes, frágeis e que por isso precisam de mais atenção.
“O sexismo benevolente é a metáfora do lobo em pele de carneiro e ajuda a perpetuar a condição desigual das mulheres na sociedade”, refere Judith Hall, da Northeastern University de Boston.
“Estes gestos de boa vontade impelem as mulheres a aceitar um status quo na sociedade porque o sexismo lhes parece apelativo e inofensivo”, refere a investigadora.
OS traços identificados como pertencendo ao tipo de sexista benevolente são os seguintes: segura a porta para as senhoras passarem; chama ‘querida’ ou ‘amor’ às mulheres; oferece o seu casaco caso uma mulher lhe pareça com frio; diz que as mulheres devem ser postas num pedestal e; referem que os homens devem fazer sacrifícios para fornecer tudo o que é necessário a uma mulher.
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