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Revogada decisão de expulsar portugueses de São Tomé

O advogado da Ação Democrática Independente (ADI), partido que concorre às legislativas são-tomenses, revelou hoje que foi revogada a decisão de expulsar dois cidadãos portugueses e quatro romenos de São Tomé e Príncipe por irregularidades no visto.

Revogada decisão de expulsar portugueses de São Tomé
Notícias ao Minuto

22:19 - 01/10/14 por Lusa

Mundo Advogado

Em declarações aos jornalistas em frente à embaixada de Portugal em São Tomé, Carlos Stock referiu que foi "notificado pelos tribunais" desta decisão, em resposta à providência cautelar que interpôs hoje.

Esta comunicação do advogado foi recebida com entusiasmo por apoiantes da ADI que se concentraram junto à representação diplomática a exigir que os cidadãos estrangeiros permanecessem em São Tomé.

O advogado disse ter recebido hoje de manhã uma indicação de expulsão do país, "feita oralmente", dos homens, funcionários de uma empresa portuguesa de material de palco, som e iluminação.

De acordo com Carlos Stock, os trabalhadores possuem "vistos válidos", em vigor entre os dias 20 de setembro e 15 de outubro.

Por seu lado, também em declarações aos jornalistas, a embaixadora de Portugal em São Tomé, Paula Silva, disse que não lhe foi comunicada qualquer ordem de expulsão, mas apenas "dúvidas das autoridades são-tomenses sobre o tipo de visto", pelo que dois cidadãos portugueses, de um grupo de seis, e quatro romenos foram chamados ao Serviços de Migrações e Fronteiras são-tomense.

A diplomata esclareceu ainda que os cidadãos portugueses e romenos "não estão a trabalhar na campanha eleitoral de nenhum partido político", mas vieram montar equipamento para a campanha e dar formação a são-tomenses para depois operarem esse equipamento.

Contactada pela agência Lusa, fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros português afirmou igualmente não ter, "até ao momento, conhecimento de qualquer expulsão" e garantiu estar "em contacto permanente com as autoridades" de São Tomé.

Questionada sobre se este caso gerou incidentes, Paula Silva considerou que os ânimos exaltados dos apoiantes da ADI em frente à embaixada se deveram à presença de jornalistas no local.

Quando questionado sobre se acredita que este caso tem motivações políticas, o advogado respondeu: "Eu não quero meter-me em questões políticas, mas acho que deve ser problema político. Não é a primeira vez que vêm equipas de som para as campanhas, mas é a primeira vez que acontece uma situação deste género".

O ADI concorre às eleições legislativas do próximo dia 12 com Patrice Trovoada, antigo primeiro-ministro, que foi deposto em 2012 após uma moção de censura.

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