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Europeus querem menos embalagens e mais energia produzida em casa a partir do lixo
Os europeus não querem sacos de plástico, querem menos produtos embalados e defendem sistemas de produção de energia em casa a partir do lixo, revela um estudo que auscultou mil pessoas de 27 países, incluindo Portugal.
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Mundo Estudo
Em Portugal, o inquérito envolveu uma amostra de 30 pessoas, de diferentes idades e profissões, e os seus resultados vão ser apresentados, no sábado, em Lisboa, no Pavilhão do Conhecimento, que conduziu a auscultação no país.
A consulta pública foi a primeira realizada à escala europeia sobre ciência, tecnologia e inovação, tendo como foco o tratamento de resíduos.
O inquérito enquadra-se no projeto VOICES, desenvolvido pela Rede Europeia de Centros e Museus da Ciência, que pretende ajudar a estabelecer a estratégia europeia para a investigação avançada e inovação, Horizon 2020.
Em declarações à agência Lusa, o coordenador da consulta pública em Portugal, Carlos Catalão Alves, disse que "há um consenso europeu" na defesa de mais reciclagem de lixo, na "eliminação zero dos sacos de plástico", na redução do "excesso de embalagens dos produtos" e nas "práticas de educação, formação e sensibilização para a prevenção do lixo".
Carlos Catalão Alves, membro da direção do Pavilhão do Conhecimento, adiantou que o consenso estende-se às soluções propostas, todas de uso doméstico, nomeadamente para "obtenção de energia" em casa a partir do "processamento de resíduos".
A fonte assinalou que algumas dessas soluções apontam para coletores de lixo em casa ligados a um sistema de recolha centralizado ou máquinas para colocar lixo e de onde se produziria energia para um dispositivo doméstico.
De acordo com Carlos Catalão Alves, os europeus advogam, ainda, a "generalização da educação" para a prevenção do desperdício desde "a mais tenra idade".
O coordenador da consulta pública em Portugal explicou que o projeto VOICES pretende "conhecer as preocupações e as expectativas" dos cidadãos europeus "em relação à ciência", para depois se "desenvolver aplicações tecnológicas" que garantam a sustentabilidade.
O primeiro inquérito excluiu a Croácia, que só se tornou o 28.º membro da União Europeia a 01 de julho.
A apresentação, no sábado, da consulta feita em Portugal será acompanhada por uma exposição de arte feita com lixo, uma mostra de novos usos para o lixo e debates sobre o envolvimento dos cidadãos na ciência, a investigação portuguesa para o tratamento de resíduos, o ideal da sociedade sem desperdício e as políticas públicas para o setor.
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