Detida pelo grupo Activa SGPS, de capitais 100% portugueses, a Jofebar assinala este ano 30 anos de atividade e conta atualmente com 240 postos de trabalho diretos nas suas cinco naves industriais, com uma área total de 5.500 metros quadrados.

A realizar este ano, o investimento de dois milhões de euros na ampliação das unidades fabris de Matosinhos e da Anadia visa complementar a área de transformação dos sistemas e da produção de vidro, o que se traduzirá no aumento da capacidade de produção e na criação, "a curto prazo", de cerca de 10 a 15 novos postos de trabalho (cinco dos quais já admitidos em Matosinhos).

Com uma faturação na ordem dos 30 milhões de euros no ano passado associada ao sistema de janelas PanoramAH! , principal marca da Jofebar, a empresa obtém atualmente 20% do negócio no mercado nacional, correspondendo o restante a exportações.

Para justificar a subida sustentada da faturação (que passou de 19,729 milhões de euros em 2009 para 26,091 milhões de euros em 2013) ao longo de vários anos "marcados por uma forte queda do mercado de construção", o grupo Activa aponta o aumento da exportação indireta para países como França, Suíça, Brasil e Angola e a exportação direta para Angola e Cuba.

Refere ainda a "crescente incorporação do vidro como matéria construtiva e o aumento do seu valor acrescentado", a par com a contribuição do negócio do 'trading' de vidro e a "opção estratégica de diferenciação no mercado, através da especialização em soluções para a arquitetura", como fatores que lhe permitiram "contrariar a dinâmica setorial verificada na Europa e, muito particularmente, na Península Ibérica".

Constituída em 1985, a Jofebar começou por se dedicar a atividades básicas no setor do ferro, tendo evoluído, mais tarde, para o alumínio e para a transformação de sistemas elementares com esta matéria-prima.

A empresa atingiu maior notoriedade a partir de 2001, com a participação no projeto da Casa da Música, no Porto, que lhe permitiu "destacar-se no setor pela capacidade de apresentar projetos irreverentes", mas ganhou sobretudo projeção a partir de 2003, com a criação de um sistema de soluções de janelas de estética minimalista que a inseriu num nicho de mercado que contempla empresas de transformação de vidro.

Alguns dos projetos do portfólio da Jofebar são o Pavilhão de Saragoça, do arquiteto Francisco Mangado, a Biblioteca de Ceuta, dos arquitetos Paredes Pedrosa, os Apartamentos Armonia, do arquiteto John Pawson, e o Hilton Hotel, do arquiteto Eduardo Souto de Moura, em Óbidos.

Atualmente, a atividade da Jofebar estende-se a mais de 30 países, entre os quais Alemanha, Angola, Arábia Saudita, Austrália, Bélgica, Brasil, China, Coreia do Sul, EAU, Escandinávia, Espanha, EUA, Estónia, França, Grécia, Holanda, Índia, Inglaterra, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Kuwait, Líbano, México, Mónaco, Mongólia, Polónia, Qatar, Rússia, Senegal, Singapura e Suíça.