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"Em geral processo do BES foi bem gerido"

Quatro especialistas de conceituados centros de investigação fazem hoje, a pedido do Jornal de Negócios, uma breve análise sobre a crise no Banco Espírito Santo (BES), destacando deste logo o facto de a ?supervisão? ter fallhado, mas elogiando a gestão e solução de todo este processo que, destacam, podia ter tido consequências mais gravosas.

"Em geral processo do BES foi bem gerido"
Notícias ao Minuto

09:24 - 22/08/14 por Notícias Ao Minuto

Economia Especialista

“Em geral foi um processo bem gerido com o que se espera ao abrigo da união bancária. A reação [do Banco de Portugal] foi rápida, a gestão demitida, o banco dividido e garantida a estabilidade”.

Quem o diz é Karel Lannoo, responsável pelo Center for European Policy Studies em Bruxelas, em declarações ao Jornal de Negócios sobre o BES. Ainda assim, questiona o facto de o regulador ter demorado tanto tempo a identificar os problemas e, consequentemente, a intervir, apesar de o ter feito com sucesso.

No mesmo sentido, segue a opinião de Nicolas Véron, especialista em mercados financeiros e investigador do Petersen Institute for Internacional Economics, em Washington e do Bruegel. “Claramente, a supervisão anterior não foi bem-sucedida a identificar cedo os problemas no BES. Mas, baseado na informação disponível, o plano de resolução parece razoável” e “não provocou reações dos mercados desordenadas”, sublinha.

“Talvez pudesse ter sido possível ir mais longe na imposição de disciplina de mercado”, acrescenta Nicolas Véron, embora afirme que foi “um resgate melhor do que os que aconteceram nos primeiros cinco anos da crise, quando os acionistas foram salvos pela intervenção do Estado”.

Já Silvia Merler, investigadora no Bruegel, destaca, também em declarações ao Jornal de Negócios, que a solução encontrada pelo governador do Banco de Portugal para o BES deu “aos investidores” a certeza de que “precisam”, ou seja, no sentido de “terem toda a clareza a cada momento sobre as regras do jogo”.

Mas ainda pairam muitas dúvidas e incertezas sobre o que irá suceder, alerta Nicolas Véron, argumentando que “a linguagem de os contribuintes estarem a salvo de perdas é largamente retórica: do ponto de vista económico uma taxa sobre os bancos [como as que financiam o fundo de resolução] não é muito diferente de um imposto, e o custo correspondente deverá, pelo menos parcialmente, ser passado pelos bancos aos outros atores económicos”.

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