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Marte: Programa de exploração precisa de 400 milhões de euros adicionais
A agência espacial europeia (ESA) informou hoje que o programa europeu de exploração do planeta Marte, designado ExoMars 2020, vai precisar de uma verba adicional de 400 milhões de euros para prosseguir os objetivos traçados.
© Reuters
Tech ESA
A informação surge um mês depois de o módulo de aterragem Schiaparelli (elemento da missão ExoMars 2016) se ter despenhado na superfície de Marte.
Os ministros responsáveis pela tutela da área espacial dos 22 Estados-membros da ESA e do Canadá devem decidir sobre esta verba adicional durante uma reunião prevista para a próxima semana (quinta e sexta-feira) em Lucerna (Suíça).
A ESA precisa "um pouco mais de 400 milhões de euros para o projeto, para todos os trabalhos técnicos necessários para desenvolver o veículo até à fase de lançamento", anunciou hoje à comunicação social David Parker, diretor dos voos espaciais e da exploração robótica da ESA.
Atualmente, o custo do programa de exploração do planeta Marte da ESA está estimado em 1,5 mil milhões de euros.
A missão ExoMars 2020 prevê o envio para Marte de um veículo robotizado, o primeiro europeu no planeta, que vai andar na superfície e recolher e analisar amostras do subsolo que possam conter sinais de vida passada, ou até presente.
Esta missão foi precedida pela missão ExoMars 2016, que terminou no passado dia 19 de outubro quando a Europa conseguiu colocar a sonda europeia-russa TGO na órbita de Marte. A missão ficou marcada no entanto pelo acidente, provocado por um problema no software de navegação, do módulo Schiaparelli.
"Foi uma experiência. Aprendemos com as coisas que correm mal e com as coisas que correm bem numa experiência", destacou David Parker.
"Fizemos o teste. Aprendemos com este teste e estamos preparados para o sucesso", acrescentou o representante.
O programa ExoMars 2020 "continua a ser cientificamente convincente, não existe qualquer outra missão planeada para estudar a superfície de Marte", concluiu.
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