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Governo de fazer "apagão" na carreira dos professores e exige "justiça"
A deputada do PEV Heloísa Apolónia acusou hoje o Governo de se preparar para fazer "um apagão" na contagem do tempo de serviço para a progressão das carreiras dos professores, com o primeiro-ministro a lamentar a posição dos sindicatos.
© Global Imagens
Política PEV
"O Governo ameaça fazer um apagão relativamente a um conjunto significativo desses anos no sentido de não os ver contabilizados para efeitos de progressão da sua carreira", acusou Heloísa Apolónia, no debate quinzenal.
Na resposta, o primeiro-ministro, António Costa, disse que "o apagão existiu no dia em que foram congeladas as carreiras" e que o atual Governo se dispôs a "repor a contar o cronómetro que esteve parado".
"Isso é o descongelamento, foi isso que nos comprometemos a fazer e é isso que estamos a fazer, para o conjunto da administração pública e também para os professores", disse, referindo que ao longo do ano progredirão na carreira "seguramente 46 mil professores".
António Costa disse que "por uma questão de equidade", o Executivo entendeu que podia haver, "por causa da diferenciação do modo de progressão, uma incongruência entre o ritmo de progressão dos professores em relação às carreiras gerais".
"E foi nesse sentido que o governo se predispôs a negociar com os sindicatos dos professores e a apresentar uma proposta que reporia a igualdade. Os sindicados, infelizmente, recusaram liminarmente esta proposta e estamos neste ponto", disse.
Para Heloísa Apolónia, "é uma questão de justiça" os anos de "congelamento" serem contados integralmente, lembrando que foi aprovada no parlamento, com os votos do PS, BE, PCP e PEV, uma resolução recomendando ao governo "a contagem de todo o tempo".
"O que consta do programa do Governo era repor a contagem. O apagão foi feito no momento em que o congelamento foi decretado", respondeu Costa.
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