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E o Óscar para melhor ator político vai para Costa. "Tem sorte em tudo"
Marques Mendes comentou este domingo os mais recentes resultados do crescimento económico, considerando que o primeiro-ministro “está em alta” por várias razões. O social-democrata considerou ainda "um erro" o PSD e CDS irem a eleições separados.
© Global Imagens
Política Marques Mendes
São excelentes resultados. Um crescimento de 2,7% significa que é o melhor crescimento desde o início do século”, começa por referir Marques Mendes no seu espaço de comentário na SIC.
Na opinião do social-democrata trata-se de “um crescimento feito na base do melhor, ou seja, saudável porque é puxado pelas exportações e pelo investimento e não pelo consumo”.
Tal significa também, na ótica do comentador, que “é um Governo de Esquerda a puxar pela economia com a receita da Direita, porque esta era a receita que Passos Coelho tinha e não a receita que António Costa tinha prometido, que era puxar a economia pelo consumo”.
“Estamos na onda europeia e se fizéssemos alguma coisa internamente ainda poderíamos crescer mais”, sublinha, realçando que a maioria dos países da União Europeia está a crescer mais do que Portugal.
E se tivesse que atribuir um Óscar no âmbito da política nacional? “Para mim, o Óscar do melhor filme era este, o sucesso da economia portuguesa que, não sendo um best seller, é um bom filme comparado com o que tínhamos há uns anos”, destaca Marques Mendes.
E nesse cenário, é possível o PSD interromper este rumo ascendente de António Costa às legislativas? Marques Mendes considera que “é possível, mas é muito difícil”. O comentador observa que o atual primeiro-ministro “está em alta”, com a economia a crescer e o desemprego a baixar. Mais: “Tem estabilidade e unidade dentro da coligação; tem controlados e domesticados os seus parceiros; não se pode queixar de ter uma oposição que o desgaste muito”, analisa o social-democrata. “A oposição é, digamos assim, meiguinha. Agora consegue ser um homem do diálogo à Esquerda e à Direita”, acrescenta.
Para Marques Mendes, o PSD e CDS deram esta semana um sinal muito claro de que vão separados às eleições e isso, na opinião de Marques Mendes, “é uma bênção para António Costa”. “É um erro enorme do PSD e CDS. Se fossem juntos. Se fossem juntos poderiam alcançar com facilidade 40%, ficar em primeiro lugar e até ter o elan para chegar à maioria absoluta.
Se Marques Mendes tivesse que atribuir um Óscar para melhor ator da política nacional entregaria a António Costa. “Ele tem sorte em tudo, dialoga com todos, consegue unir a Geringonça, consegue tirar benefício da economia sem ter feito muito por isso, tudo isto sem ter ganhado as eleições. E o PSD e CDS deram-lhe de mão beijada a oportunidade de Costa ganhar as eleições, resta saber se com maioria absoluta ou não”, conclui.
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