Derrotados. A ida às urnas que levou estes candidatos a um 'buraco negro'
As Autárquicas de 2017 dificilmente serão esquecidas (infelizmente) para estes candidatos.
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Política Autárquicas
A noite eleitoral fica marcada por altos e baixos, sucessos e quedas, vitórias e derrotas. Porém, sem dúvida que o PSD é o maior derrotado da noite, tanto em termos nacionais como na Câmara Municipal de Lisboa, em que Teresa Leal Coelho conquistou um resultado extremamente negativo.
A candidata social-democrata deixou o PSD com um dos piores resultados da sua história na autarquia lisboeta.
Nesta senda, Passos Coelho assumiu a derrota eleitoral, num “dos piores resultados de sempre”, em que “o objetivo que estava estabelecido não só ficou longe de ser alcançado, como terá sido um resultado pior do que o de 2013”.
Perante este cenário, o líder social-democrata garantiu que “vai” ponderar se se recandidata a um novo mandato no PSD, tendo em conta que os membros do partido se reunirão num Conselho Nacional na próxima terça-feira.
Apesar disso, e como já havia dito, estes resultados não levarão à sua demissão.
“Disse que não me demitira em resultado de eleições locais e mantenho o que disse. Não vou apresentar a minha demissão por causa de resultados autárquicos, não seria um bom princípio que um presidente do PSD se demitisse em resultado de eleições que não são nacionais, mas farei a minha reflexão sobre as condições em que poderei colocar-me para a disputa interna do PSD, uma vez que será um mandato que virá a conhecer eleições legislativas”, explicou.
Jerónimo de Sousa foi outro dos líderes partidários que sofreu uma pesada derrota eleitoral, tendo perdido nove câmaras, uma delas a histórica autarquia de Almada.
O comunista alerta que se trata “sobretudo uma perda para as populações que não demorarão a perceber o quanto errada foi essa opção”.
Por sua vez, Valentim Loureiro, um dos dinossauros candidatos nestas autárquicas, sofreu uma pesada derrota e assumiu-a com um semblante triste e desiludido.
“O PS, que é quem está à frente da Câmara, ganhou as eleições e vai continuar [à frente da autarquia]. O que eu desejo sinceramente, porque acima de tudo estão os gondomarenses, é que a futura administração da câmara, da assembleia e das freguesias, seja o melhor possível para os gondomarenses”, referiu no início da noite eleitoral.
Seguiu-se Paulo Vistas, que, ao contrário do que aconteceu em Gondomar, não conseguiu resistir ao regresso de um ‘tubarão’ chamado Isaltino Morais. Na corrida eleitoral que colocava frente a frente mentor e pupilo, Vistas ficou para trás e perdeu o seu cargo à frente da Câmara Municipal de Oeiras.
E por falar em tubarões, há mais. Depois de ter estado 29 anos como presidente da Câmara de Gondomar, Narciso Miranda regressou após estar a braços com um processo judicial, mas os gondomarenses não lhe deram um segundo voto de confiança.
Apesar dos resultados que deram a vitória a Luísa Salgueiro, do PS, o candidato assume a derrota mas deixa um pensamento: “Só perde quem desiste”.
No lote dos políticos com experiência, surge ainda Fernando Seara. Depois de 12 anos em Sintra e de uma tentativa em Lisboa, o candidato optou por Odivelas. Não correu como previsto e foi Hugo Martins, do PS, quem protagonizou a vitória no município.
Por fim, Manuel Pizarro. Apesar de não ter tido um péssimo resultado, o socialista assumiu ser uma alternativa a Rui Moreira. Depois da ‘viragem de costas’ ao acordo entre o PS e o independente, que durava há quatro anos, Pizarro não conseguiu recuperar a câmara para o partido ‘rosa’.
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