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Crescimento económico? "Já podia ter acontecido no ano passado"

Passos Coelho destacou os resultados da economia portuguesa em 2015 e afirmou que o crescimento económico de 3% do PIB revelado hoje pelo INE já podia ter acontecido em 2016.

Crescimento económico? "Já podia ter acontecido no ano passado"
Notícias ao Minuto

13:18 - 22/09/17 por Pedro Bastos Reis com Lusa

Política Passos Coelho

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, comentou os números da economia revelados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), considerando que “não trouxeram nenhuma novidade para este ano” e que o crescimento verificado “já podia ter ocorrido no ano passado”.

“Este crescimento já podia ter ocorrido no ano passado. É bastante verosímil com os dados que hoje foram divulgados”, sublinhou Passos Coelho, que se manifestou pouco entusiasmado com o crescimento de 3% do PIB da economia portuguesa no segundo trimestre do ano. “Portugal podia ter crescido no ano passado o que está a crescer este ano”, acrescentou.

Ao invés de olhar para o presente, o líder do PSD preferiu chamar a atenção para os resultados de 2015, quando ainda liderava o governo de coligação com o CDS.

“O que curiosamente nos é revelado pelo INE, agora que ficaram fechadas as contas sobre o ano de 2015, é que afinal este ano foi ainda razoavelmente melhor que aquilo que se sabia. A economia portuguesa cresceu em 2015, afinal, 1,8% e não 1,6% como até há pouco se acreditava”, salientou Passos Coelho, que ficou “particularmente satisfeito” porque, diz, “2015 foi um ano de franca recuperação económica e, hoje está bem à vista, bastante mais forte do o ano que se seguiu, infelizmente”.

Para o líder da oposição, o foco agora deve ser garantir que o crescimento continue. “Crescimentos acima de 3% são muito importantes para que o país mantenha não apenas um bom ritmo na criação de emprego mas sobretudo uma capacidade para poder investir no futuro e pagar as dívidas”, sublinhou.

Esta terça-feira, o INE revelou ainda que o défice no primeiro semestre do ano ficou nos 1,9%. O Ministério das Finanças garantiu que o objetivo orçamental de 1,5% “será alcançado", sendo expectável que se fixe nos 1,33%.

"Quem está no Governo é que está aflito"

Questionado se os números divulgados pelo INE não dificultam a tarefa da oposição, Passos Coelho considerou, pelo contrário, que estes lhe dão razão.

"É sempre bom para qualquer português que os dados da saúde económica sejam positivos", disse, avisando, contudo, que "não há milagres" e que os números do défice foram resultado de cortes no investimento.

Para Passos Coelho, os dados demonstram a coerência do PSD, que sempre assumiu que "não era possível sol na eira e chuva no nabal".

"Eu estou muito confortável, quem está hoje no Governo é que está aflito", disse, questionando se no próximo ano será possível manter este nível de crescimento.

Interrogado sobre um alerta que terá feito numa reunião fechada sobre "a vinda do diabo", Passos negou que alguma vez tenha prognosticado "o caos no país".

"O que tem acontecido é a preocupação imensa deste Governo querer colar ao presidente do PSD, que foi primeiro-ministro, em tempos de crise uma visão catastrofista que eu não tenho", lamentou.

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