POUPANÇA NO MINUTO
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"O PSD não tem tema e está desesperado por arranjar qualquer coisa"
No espaço de debate da SIC Notícias, João Galamba e Marco António Costa trocaram acusações sobre as explicações do ministro das Finanças, Mário Centeno, no Parlamento, relativamente às cativações de 2016 e 2017.
© Global Imagens
Política João Galamba
Referindo-se à afirmação proferida esta quarta-feira pelo PSD de que “o Governo, para satisfazer determinadas clientelas sacrificou o Estado”, João Galamba considerou-a “inaceitável”.
“Não me parece que funcionários públicos, pensionistas, crianças que recebem abono de família, pessoas com enormes dificuldades que recebem o RSI (Rendimento Social de Inserção), idosos e pobres sejam clientelas. Se o PSD prefere tratar esses milhões de portugueses como ‘clientela’, é uma opção do PSD”, justificou João Galamba.
Nesta senda, o socialista acusou o PSD de estar “sem tema”, sublinhando que as acusações dos sociais-democratas são infundadas.
“Eu percebo que o PSD, como não tem tema e está desesperado por arranjar qualquer coisa, decida aproveitar a calamidade de Pedrógão e o furto na base de Tancos como armas de arremesso político, mas saiu-lhes o tiro pela culatra”, afirmou Galamba. Além disso, acrescentou, “o PSD acusou o ministro das Finanças em áreas em que ele gastou mais do que o PSD”.
“Tema não falta ao PSD”
Marco António Costa discordou das afirmações do deputado socialista, reiterando que “tema não falta ao PSD na matéria das cativações”, uma vez que, segundo o próprio, “de 2015 para 2016 as cativações aumentaram 80%”.
O social-democrata acusou ainda o PS de não querer discutir os incêndios de Pedrógão Grande e o roubo de material de guerra em Tancos. “Morreram 64 pessoas nos incêndios de Pedrógão e o que se passou em Tancos é muito grave. Ninguém está a explorar, mas sim a querer saber o que se passou e há razões para se falar do assunto. Eu sei que o Partido Socialista desejaria que não tocássemos no tema, porque é incómodo”, respondeu o deputado do PSD.
Marco António Costa afirmou ainda que existe uma “opacidade orçamental” por parte do Executivo, que não tem dado respostas concretas sobre as cativações.
“Há uma opacidade orçamental da parte do Governo nas explicações que tem de dar ao país, porque em vez de assumir que fez cortes, faz cativações definitivas, que é exatamente o mesmo”, rematou o social-democrata. “Do ano de 2016 até agora, os membros do Governo, no Parlamento, nunca responderam a absolutamente nada sobre cativações”, acusou.
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