Marques Mendes acusa PSD de incoerência. "E incoerência mata um político"
Mesmo perante as ameaças de Passos Coelho, o Governo vai amanhã enviar o diploma à Presidência da República para promulgação.
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Política Decida da TSU
Luís Marques Mendes teceu, esta noite, fortes críticas ao líder do PSD a propósito da redução da TSU. Recorde-se, sobre esta matéria, que Passos Coelho já ameaçou votar contra a descida da TSU (que faz parte do acordo de concertação social que prevê a subida do salário mínimo), caso Bloco de Esquerda e PCP peçam apreciação parlamentar do diploma.
“A posição do PSD é absolutamente incompreensível”, apressou-se a dizer, no ‘Jornal da Noite’ da SIC, Luís Marques Mendes. O comentador classifica mesmo a decisão de Passos Coelho de “um monumental tiro no pé” e “o seu maior erro desde que está na oposição”.
Em primeiro lugar, Marques Mendes tem em conta que “o PSD sempre foi o partido que mais atenção deu à concertação social” – estando agora a “matá-la”. Depois “há uma grande incoerência” em relação ao que o partido defendeu no passado. “E incoerência mata um político”, alertou.
“É impossível defender o PSD. Em 2012, foi o grande defensor da descida da TSU. Em 2014, aprovou um decreto assinado por Passos Coelho, Maria Luís Albuquerque e Mota soares a aumentar o salário mínimo e a diminuir a TSU de forma temporária, tudo igualzinho ao que se passa agora. E, mais grave ainda, em março de 2016, absteve-se” na votação de um diploma semelhante, recordou o antigo líder social-democrata.
Para Marques Mendes, é injustificável que, “no espaço de oito meses, tenha havido uma mudança de opinião sobre a mesma matéria”, o que o leva a apelidar Passos Coelho de “cata-vento” e a garantir que “deve dar uma explicação”.
O comentador vai mais longe e lembra mesmo as declarações de Marco António Costa, vice-presidente do PSD, a 23 de dezembro, dando conta de que “o PSD exigia que a descida da TSU aplicada às pequenas e médias empresas se aplicasse também às instituições particulares de solidariedade social (IPSS)”.
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