PAN admite que seria "muito bom sinal" um voto favorável ao Orçamento
O PAN considerou hoje "precoce" avançar com a posição do partido sobre o Orçamento do Estado (OE) para 2017, mas admitiu que seria "muito bom sinal" um voto favorável.
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Política Reunião
"O PAN gostaria, quer este ano ou em anos futuros, ter condições de votar favoravelmente um OE do Governo", afirmou o deputado do PAN, André Silva, em declarações aos jornalistas no final de um encontro com o primeiro-ministro, António Costa, em São Bento, a propósito da cimeira informal de Bratislava, que se realiza na sexta-feira.
Sublinhando que "neste momento é precoce" avançar com a posição do PAN, porque tudo dependerá das negociações com o Governo e da capacidade de acolhimento das propostas do seu partido, André Silva admitiu que se o PAN chegar "a votar favoravelmente o OE do PS será muito bom sinal".
"Vamos aguardar pelas respostas do Governo, por aquilo que pode ser o acolhimento das propostas do PAN", insistiu, adiantando que o partido está a trabalhar em áreas como a mobilidade, energia e agricultura.
André Silva revelou ainda que já aconteceu uma primeira reunião entre o Governo e o PAN e que para quinta-feira está agendado um encontro com o secretário de Estado da Agricultura, no qual o partido irá apresentar um pacote de medidas relativas à agricultura biológica, alguma das quais inserem-se no âmbito do OE para 2017.
Relativamente ao encontro que teve esta tarde com António Costa, o deputado do PAN disse ter-se tratado de uma conversa "franca e aberta", essencialmente sobre a saída do Reino Unido da União Europeia e sobre as estratégias de médio prazo da instituição.
"A saída do Reino Unido é uma pequena janela de oportunidade para a União Europeia repensar aquilo que é o modelo económico e social, a relação que tem com os seus cidadãos", referiu, considerando que todos devem entrar nessa discussão, "sem divisões, nem blocos".
O deputado do PAN classificou ainda como "extremamente importante" que não se invista "recursos financeiros na construção de muros ou em estratégias e políticas divisionistas", mas antes na aposta no acolhimento e na formação das comunidades europeias e não europeias.
Sobre o modelo de médio prazo da União Europeia, André Silva alertou para o esgotamento do modelo atual, que está "obsoleto", defendendo a necessidade da Europa dar um sinal e o exemplo para a criação de uma economia que tenha a capacidade de respeitar os ciclos de regeneração da natureza e a capacidade de reposição desses recursos.
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