Suspensão de recolha de animais mortos foi uma "irresponsabilidade"
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, considerou hoje "muitíssimo grave" e uma "irresponsabilidade" a suspensão temporária da recolha de cadáveres de animais mortos nas explorações pecuárias, acusando o ministro da Agricultura de "falta de peso político".
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Política Assunção Cristas
Segundo a líder do CDS-PP, esta suspensão temporária do Sistema de Recolha de Cadáveres de Animais Mortos na Exploração (SIRCA) vem, "mais uma vez, mostrar que o ministro" que tutela a agricultura, o socialista Capoulas Santos, "não tem peso político e não tem dinheiro".
Trata-se de uma medida que "penaliza e muito o setor e põe em causa a própria saúde pública e a capacidade do país exportar a sua carne", criticou Assunção Cristas, que foi ministra da Agricultura no anterior Governo PSD/CDS-PP.
"É muitíssimo grave e denota também irresponsabilidade", acusou, em declarações aos jornalistas, durante a visita que efetuou hoje à tarde à Feira da Luz -- EXPOMOR 2016, em Montemor-o-Novo (Évora).
O SIRCA, criado na época da crise das "vacas loucas" para controlar a eventual existência de doenças nos animais mortos e assegurar o correto tratamento dos cadáveres, foi suspenso no dia 26 de agosto por ter chegado ao fim o contrato com o consórcio de empresas que asseguravam a tarefa.
O ministro da Agricultura prometeu hoje, na Póvoa do Varzim (Porto), que o sistema de recolha vai ser retomado a 09 de setembro, tendo já sido feito um concurso e adjudicado um novo contrato para que duas empresas possam retomar esse trabalho.
"A dotação financeira terminou em agosto, mas já foi feita uma nova adjudicação que entra em vigor a 09 de setembro, de forma a repormos o sistema tal como funcionou nos últimos anos", afirmou o governante.
Durante a visita à Feira da Luz -- EXPOMOR 2016, Assunção Cristas "apontou baterias" ao ministro Capoulas Santos e, realçando a "relevância" que o seu partido dá "à agricultura, à produção animal e à pecuária", disse não ver, "infelizmente, a mesma importância dada pelo Governo" do PS a estes setores.
Pelo contrário, criticou, o atual Governo tem adotado "medidas atrás de medidas que penalizam o investimento nesta área".
Como exemplo, a líder do CDS-PP alegou que "os pagamentos dos subsídios deixaram de ser feitos a tempo e horas e antecipadamente" ou que "o reembolso das despesas de investimento deixou de ser feito todos os meses no final do mês".
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