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Portugal deve "estar agradecido" a Vítor Gaspar

O antigo ministro das Finanças, Eduardo Catroga, diz em entrevista à agência Lusa que o País deve estar agradecido a Vítor Gaspar, considerando que a sua substituição "nada resolve", apesar de reconhecer erros na estratégia que tem prosseguido. Catroga fala ainda do CDS, que "ora está dentro, ora está fora da coligação", e do PS que, com a Taxa Social Única, "aproveitou a pouca habilidade do Governo".

Portugal deve "estar agradecido" a Vítor Gaspar
Notícias ao Minuto

12:51 - 22/03/13 por Ana Lemos com Lusa

Política Catroga

“Acho que o País lhe deve estar agradecido, pelo esforço que tem feito no sentido de criar condições de sustentabilidade das finanças públicas, com muitas incompreensões, com erros de comunicação, com erros de gestão das expectativas, mas qualquer ministro das finanças nesta situação seria objecto de crítica”, defendeu Eduardo Catroga numa entrevista à agência Lusa.

Na opinião do antigo ministro, “a substituição do ministro Vítor Gaspar, por si, nada resolve. Ele [Vítor Gaspar], no fundo, tem feito um trabalho que era necessário, embora incompleto do lado da despesa e exagerado do lado dos impostos”.

Nesta entrevista à Lusa, Catroga considera ainda que “o CDS-PP é um partido da coligação que às vezes está com um pé dentro e outro fora” e que o “o PS aproveitou a pouca habilidade do Governo, em Setembro, com a questão da Taxa Social Única (TSU) para saltar do barco, [mas] o barco que afundou”.

Quanto ao Presidente da República, Cavaco Silva, o antigo governante considera que o chefe de Estado “não pode obrigar ninguém a fazer [alianças], agora pode sim procurar criar condições nos bastidores, o que penso que ele tem tentado fazer”.

Quanto a um possível cenário de eleições antecipadas, Catroga considera que”o País deve estar primeiro e portanto o PS também não tem muitas alternativas. Qual é a alternativa, provocar uma crise política? Não estou a ver que, por hipótese, um cenário de novas eleições altere significativamente o quadro eleitoral”.

“O primeiro pode passar para segundo, o segundo para primeiro. O PS se fosse o primeiro nesse novo cenário não iria fazer muito diferente do que faz o actual Governo sem uma renegociação global com a troika e com os parceiros, e para isso precisaria também dos outros partidos do arco do poder", remata.

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