"Carta é normal" e não "o que gostariam que Bruxelas tivesse dito"
Carta de Bruxelas com dúvidas colocadas ao Executivo continua a causar discussão.
© Global Imagens
Política Elisa Ferreira
Quando Bruxelas conheceu o esboço do Orçamento do Estado para 2016, os comissários europeus Pierre Moscovici e Valdis Dombrovskis enviaram uma carta ao ministro das Finanças Mário Centeno a perguntar “por que é que Portugal planeia uma redução défice estrutural em 2016 muito abaixo do recomendado pelo Conselho Europeu em julho".
De então para cá, à Direita tem havido críticas e a sugestão de que o Executivo liderado por António Costa vai falhar metas, enquanto à Esquerda se desdramatiza a missiva.
A eurodeputada socialista Elisa Ferreira junta-se a estes últimos num artigo publicado no seu blogue onde deixa a sugestão, em tom de pergunta: “que tal pararem de pôr numa carta perfeitamente burocrática e normal aquilo que gostariam que a Comissão Europeia tivesse dito?”.
Para Elisa Ferreira, a preocupação de Bruxelas passa apenas pela intenção de que “haja um equilíbrio estrutural das contas públicas e não um desequilíbrio que se transforme em rotina”.
“Já no ano passado, a Comissão criticou o governo de então por ter praticamente parado as reformas estruturais previstas”, afirmou ainda, referindo-se ao Executivo de Passos Coelho. E deixou ainda uma comparação.
“Os países que deveriam fazer um ajustamento anual de 0,5% do PIB não só não o estão a fazer, como estão a fazer muito menos” do que Portugal, disse ainda, sugerindo que as interpretações da carta de Bruxelas obedecem a uma “agenda política”, pode ler-se .
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