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"Caí no erro de ver o debate. A certa altura, estava a doer-me a cabeça"

Manuela Ferreira Leite comentou, na CNN Portugal, o debate do Orçamento do Estado para 2022 que ontem teve início na Assembleia da República. "Efetivamente, não se discutiu substância", avaliou.

"Caí no erro de ver o debate. A certa altura, estava a doer-me a cabeça"
Notícias ao Minuto

07:56 - 29/04/22 por Notícias ao Minuto

Política Manuela Ferreira Leite

Manuela Ferreira Leite, ex-líder do PSD, comentou, esta quinta-feira à noite, no seu habitual espaço na CNN Portugal, o debate do Orçamento do Estado para 2022 que ontem teve início na Assembleia da República. E não poupou críticas. 

"Eu caí no erro de ver todo o debate. E digo caí no erro, porque, a certa altura, estava a doer-me a cabeça", começou por revelar, acrescentando: "Efetivamente, não se discutiu substância. As palavras 'austeridade' e 'contas certas' foram repetidas dezenas de vezes. Que são conceitos que desconheço"

A antiga ministra das Finanças vincou que 'contas certas' são "sempre". "Para mim, certo é se dois mais dois é igual a quatro. Dois mais dois é igual a cinco estará errado. Isso não acontece no Orçamento, como é evidente. Está sempre certo"

Quanto ao conceito de 'austeridade', Manuela Ferreira Leite afirmou que, "evidentemente, depende de inúmeros aspetos". "Haverá alguns que estão sujeitos a austeridade no sentido de que têm menos do que aquilo que esperavam ou têm menos do que corresponde àquilo para que trabalham e outros que não"

"'Contas certas' não é nenhum conceito económico, nem financeiro nem de coisa nenhuma. Aquilo que se pode dizer é que são contas que respondem ou que preenchem determinado tipo de requisitos", completou. 

Para Ferreira Leite, este Orçamento do Estado não responde ao "tratar de grandes problemas que, neste país, se chamam empobrecimento". 

Recorde-se que, esta quinta-feira, na abertura do debate parlamentar da proposta de Orçamento para 2022, o primeiro-ministro, António Costa, ressalvou que o documento foi aprovado "de forma absolutamente inequívoca" pelos portugueses nas eleições legislativas de 30 de janeiro. Ainda assim, acumulam-se os partidos que anunciaram que votarão contra a nova proposta, entre eles o Bloco de Esquerda, o PCP, o IL e o Chega.

O primeiro-ministro acusou as oposições de pretenderem dinamitar a credibilidade internacional económica e financeira do país, recusando que exista austeridade e insistindo na tese de que sem contas certas não há confiança no futuro.

Leia Também: OE2022? "Resposta dos portugueses foi absolutamente esclarecedora"

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