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Rio ironiza caso Rendeiro. "Parece que não avisou a juíza que ia fugir"

Presidente do PSD tem sido uma das vozes mais críticas pela forma como a Justiça portuguesa agiu durante o processo que envolve o antigo banqueiro.

Rio ironiza caso Rendeiro. "Parece que não avisou a juíza que ia fugir"
Notícias ao Minuto

19:14 - 30/09/21 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política João Rendeiro

Rui Rio tem sido das vozes mais críticas à forma como a Justiça portuguesa agiu no caso João Rendeiro, o ex-banqueiro que se colocou em fuga para não cumprir a pena de prisão efetiva a que foi condenado por vários crimes.

Depois de ter classificado como “um escândalo” a fuga do antigo presidente do Banco Privado Português (BPP) e de ter acusado o sistema judicial de sujeitar Portugal a um “vexame”, o líder do PSD voltou a falar sobre o caso nas redes sociais.

Num tweet embrulhado em ironia, Rio comenta uma notícia do jornal Público que dá conta que a juíza responsável pelo caso garante que não teve “qualquer informação da qual pudesse antever-se um concreto perigo de fuga”.

Parece que João Rendeiro não avisou a juíza que ia fugir. Eu já suspeitava que era essa a douta razão para a senhora magistrada não suspeitar que ele se poderia por ao fresco. Ela não pode adivinhar. Se ele não avisa… É isto que temos!”, considerou o presidente dos sociais-democratas.

Recorde-se que João Rendeiro, condenado na terça-feira a prisão efetiva num processo por crimes de burla qualificada, diz que não pretende regressar a Portugal por se sentir injustiçado e vai recorrer a instâncias internacionais.

Num artigo publicado no seu blogue Arma Crítica, João Rendeiro revela que já pediu ao advogado para comunicar a decisão à justiça portuguesa e diz que se tornou "bode expiatório de uma vontade de punir os que, afinal, não foram punidos".

"É uma opção difícil, tomada após profunda reflexão. Solicitei aos meus advogados que a comunicassem aos processos e quero por esta via tornar essa decisão pública", escreve.

O ex-presidente do BPP, que na terça-feira foi condenado a três anos e seis meses de prisão efetiva num processo por crimes de burla qualificada, lembra que já num outro processo em que tinha sido condenado a pena suspensa por falsificação de documentos e falsidade informática o Tribunal da Relação acabou por tomar uma "decisão inesperada" ao reverter a pena para oito anos de prisão efetiva.

Na origem deste julgamento está a queixa do embaixador jubilado Júlio Mascarenhas que, em 2008, investiu 250 mil euros em obrigações do BPP, poucos meses antes de ser público que a instituição liderada por João Rendeiro estava numa situação grave.

Também neste processo estavam acusados os ex-administradores Paulo Guichard e Salvador Fezas Vital. O primeiro foi condenado a três anos de prisão e o segundo a dois anos e seis meses de prisão.

O tribunal decidiu que os ex-gestores do BPP terão ainda de pagar 225 mil euros por danos patrimoniais e 10 mil euros por danos morais a Júlio Mascarenhas.

Leia Também: Fuga de João Rendeiro revela "falta de eficácia" da Justiça

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