A cabeça de lista disse à agência Lusa que, desde 2009 integra listas às eleições autárquicas, mas antes recusou encabeçar a lista por "não se sentir preparara e querer envolver-se mais na política", tendo desta vez aceite o convite pelo percurso que tem feito no partido.

Sónia Pedro concorre disposta a "ajudar as pessoas a responder à crise económica e social causada pela pandemia e a renovar a política", sendo a primeira mulher a candidatar-se a presidente da câmara no concelho.

"Quero demonstrar que há mulheres capazes, com espírito de missão e de gestão e que têm lugar na política", afirmou.

Perante a dificuldade de ganhar a câmara, por o executivo municipal ser liderado desde sempre pelo PS, a candidatura bloquista tem como objetivo "eleger um vereador" e aumentar o número de eleitos na assembleia municipal.

Se for eleita, Sónia Pedro tem como prioridades responder à crise social e económica provocada pela pandemia, apostar na mobilidade e no alargamento da rede de transportes públicos do concelho, apostar na transmissão 'online' das reuniões de câmara como forma de tornar a gestão municipal mais transparente e defender a gestão pública do serviço de água.

"Achamos que, como a Águas de Alenquer não cumpriu o contrato, a câmara municipal tem condições para resgatar a concessão", considerou.

Sónia Pedro tem 46 anos e reside no concelho.

É licenciada em Biologia e tem mestrado em Genética Molecular e Biomedicina, desempenhando funções de especialista em Genética no Instituto Nacional Ricardo Jorge desde 1999.

A candidata bloquista é a terceira a surgir no concelho, depois de Nuno Miguel Henriques (PSD) e de Mário Bettencourt Amaro (CDS-PP/Nós Cidadãos/Aliança/PPM/PPT).

Nas últimas eleições autárquicas, o PS ganhou a câmara municipal, no distrito de Lisboa, conseguindo quatro mandatos, o PSD/CDS-PP dois e a CDU um.

Em nota de imprensa, o Bloco de Esquerda de Alenquer anunciou que o cabeça de lista à assembleia municipal é o professor e militante José Machado, que é membro deste órgão há dois mandatos eleito pelo partido.

Por lei, as eleições autárquicas têm de ser marcadas entre 22 de setembro e 14 de outubro.

Leia Também: Parlamento recomenda manutenção de apoio cultural ao Algarve