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Passos Coelho vai voltar à política ativa "mais ano menos ano"

Comentador social-democrata entende que o ex-primeiro-ministro saiu de cena "com grande capital político".

Passos Coelho vai voltar à política ativa "mais ano menos ano"
Notícias ao Minuto

22:39 - 20/12/20 por Melissa Lopes

Política Marques Mendes

Marques Mendes afirmou, este domingo, que o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, "mais ano, menos ano, vai fazer um regresso à vida política ativa". "Pode ser para ser novamente candidato a primeiro-ministro ou pode ser para assumir a função de candidato à Presidência da República", acrescentou o comentador, no seu habitual espaço de comentário na SIC.

Esse regresso à política, no entender de Marques Mendes, não será imediato. "No imediato, não me parece, nem de longe nem de perto", acentuou. E também não é por causa do líder do Chega. 

Aliás, na opinião de Marques Mendes, André Ventura protagonizou um exercício de "cinismo" ao afirmar, em entrevista ao Expresso, que gostava que Pedro Passos Coelho voltasse à vida política ativa

"Acho que é um número de cinismo. Acho que é mesmo só para provocar o PSD, para provocar o Rui Rio". Porque, se Passos Coelho regressasse e fosse líder do PSD, "o espaço de André Ventura diminuía, em vez de aumentar". "Com Passos Coelho, o potencial de crescimento do Chega era menor", enfatizou. 

Marques Mendes afirmou ainda que, goste-se ou não se goste de Passos Coelho, o ex-primeiro-ministro "saiu da vida política ativa com grande capital político e grande prestígio. A generalidade das pessoas, mesmo que não goste dele, reconhece que fez um trabalho corajoso enquanto primeiro-ministro". No entender do comentador, Passos "tem sabido gerir bem os silêncios e gerir bem as aparições". 

Acresce a isso o facto de existir "muita gente - ou eleitores ou militantes - que não estão satisfeitos, que não estão felizes com o estado do PSD. Uns porque acham que a oposição devia ser de outra maneira, outros porque estão infelizes e insatisfeitos com os resultados das sondagens". Por estas razões, "fala-se periodicamente" no regresso do ex-líder do PSD. "Se as coisas estivessem bem, alguém suspirava pelo regresso de Passos Coelho? Não", rematou. 

O ex-primeiro-ministro acusou esta sexta-feira o Governo de "incompreensível inação" e "fuga às responsabilidades" no caso do cidadão ucraniano morto nas instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, no aeroporto de Lisboa.

"Depois de meses de incompreensível inação após os factos serem conhecidos, e com a autoridade do Estado seriamente abalada e a confiança nas instituições públicas beliscada, tudo tem servido para procurar disfarçar o indisfarçável, a superior dificuldade em admitir as falhas graves incorridas ao não se ter atuado prontamente com diligência e sentido de defesa do interesse público", afirmou.

O ex-governante e ex-líder do PSD discursava no encerramento da conferência "Globalização em português: Revoluções e continuidades africanas", em Lisboa, no âmbito das comemorações dos 150 anos do nascimento do empresário Alfredo da Silva, fundador do Grupo CUF [Companhia União Fabril].

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