PCP expressa "profundo pesar" pela morte da atriz Fernanda Lapa
O PCP manifestou hoje "profundo pesar" pela morte da atriz Fernanda Lapa, "nome maior do teatro e da cultura portuguesa", enaltecendo o seu papel na "batalha pela igualdade entre homens e mulheres" e o percurso de militância.
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Política Óbito
"O secretariado do Comité Central do PCP expressa o seu profundo pesar pelo falecimento da actriz e encenadora Fernanda Lapa, nome maior do teatro e da cultura portuguesa", refere um comunicado divulgado, que recorda também o percurso de militância comunista da atriz.
O PCP assinalou que Fernanda Lapa "teve uma vida inteira dedicada ao teatro, onde se estreou em 1962, no Teatro dos Alunos Universitários de Lisboa" e que a "sua primeira peça como atriz foi na Casa da Comédia, da qual foi fundadora".
Fernanda Lapa morreu hoje, aos 77 anos, em Cascais, onde estava hospitalizada, anunciou a Escola de Mulheres, companhia que dirigiu desde a sua fundação, em 1995.
Lapa "diplomou-se em encenação em Varsóvia, na Escola Superior de Encenação, em 1979, com uma bolsa da Secretaria de Estado da Cultura" e, desde então toda a sua riquíssima carreira foi na representação e, sobretudo, na encenação de grandes dramaturgos e na direção de grandes atores, bem como no ensino e formação de novos homens e mulheres do teatro".
"A criação da Escola de Mulheres, da qual se assinalaram os 25 anos no passado mês de março, deu expressão no teatro a uma das batalhas de Fernanda Lapa: a da igualdade entre mulheres e homens, no teatro e na vida", assinalou o PCP.
O PCP destacou que "a sua ligação à batalha pela igualdade remonta ao período da ditadura fascista, tendo nos anos após a Revolução de Abril a correspondente expressão na luta e na conquista de direitos políticos, sociais, económicos e culturais".
"A atriz e encenadora foi dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Espetáculo (STE), durante vários mandatos, bem como do Movimento Democrático de Mulheres", destaca o PCP, destacando que Fernanda Lapa foi "militante do PCP desde 1978" e que "toda a sua militância, ativa, presente e empenhada, de grande dedicação ao partido, foi feita no Setor Intelectual da Organização Regional de Lisboa".
Exemplo da sua "generosidade militante", referiu o PCP, foi a disponibilidade para declamar, no comício comemorativo dos 99 anos de vida do partido, realizado em Lisboa no dia 6 de março passado, o poema de José Carlos Ary dos Santos, "A Bandeira Comunista".
"A sua ligação à luta dos trabalhadores, à defesa da cultura, à causa da liberdade, da democracia e do socialismo estiveram presentes até ao fim da sua vida", destacou o PCP, sublinhando ainda o "seu empenho cultural, cívico mas também militante na luta pelo progresso e pela emancipação do povo português" que a levaram "a dinamizar as comemorações do Centenário de Bernardo Santareno", onde se integra "a peça o 'O Punho', a estrear em novembro, onde se homenageia a Reforma Agrária".
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