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"Candé não merecia ser vítima de um sistema que tolera o ódio"

O PAN garantiu que irá continuar a contribuir para a construção de um país livre de racismo, violência e discriminação.

"Candé não merecia ser vítima de um sistema que tolera o ódio"
Notícias ao Minuto

16:53 - 27/07/20 por Mafalda Tello Silva

Política PAN

"Bruno Candé não merecia morrer". Foi com esta frase que o PAN começou por reagir, esta segunda-feira, à morte do ator, que foi assinado, no passado sábado, com quatro tiros, em Moscavide.

Num momento em que os motivos que levaram ao homicídio estão a dividir as autoridades e os mais próximos do artista, o partido liderado por André Silva afirmou em comunicado que Bruno Candé "não merecia ser vítima de um sistema que tolera o ódio e a violência e que legitima aqueles que se alimentam da raiva humana para crescer".

"Este não é o Portugal que conhecemos. Este não é o país que queremos construir", ressaltou o PAN, numa nota oficial divulgada nas plataformas digitais do partido. 

Recordando que o "ódio e a violência são intoleráveis num Estado de Direito de um país livre, democrático e plural", o PAN questionou: "Quem é capaz de matar assim, à luz do dia, à queima roupa, sem qualquer pudor?"

O partido também defendeu que, enquanto sociedade, "não podemos deixar o ódio, o racismo, a violência ou a discriminação vençam" e sublinhou que o país tem à sua frente um longo caminho a percorrer, com "tanto por fazer" e "tanto por construir". 

Apelando a que se combata o racismo, a violência e a discriminação, o PAN deixou uma mensagem, em particular, para os familiares e amigos do ator: "A nossa tristeza e solidariedade para com a família e redes de apoio e amizade de Bruno Candé".

Por fim, o partido garantiu ainda que permanecerá "do lado certo", a "trabalhar por um Portugal que não se revê nestes atos".

Suspeito encontra-se a aguardar julgamento em prisão preventiva

O suspeito da morte do ator Bruno Candé encontra-se a aguardar julgamento em prisão preventiva. Segundo a PSP, o homem de 76 anos foi ouvido esta manhã no Tribunal de Loures (distrito de Lisboa), tendo-se "remetido ao silêncio".

Num comunicado divulgado no sábado, a família da vítima referiu que o ator "foi alvejado à queima-roupa, com quatro tiros, na rua principal de Moscavide", e que "o seu assassino já o havia ameaçado de morte três dias antes, proferindo vários insultos racistas".

Também no sábado, a PSP informou, sem identificar a vítima, que um homem morreu após ter sido baleado em várias partes do corpo por outro homem com cerca de 80 anos, na Avenida de Moscavide, adiantando que o suspeito tinha sido detido e que a arma de fogo tinha sido apreendida.

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