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Surto de Reguengos mostra importância do Hospital Central, diz PCP

O PCP considerou hoje que o surto de covid-19 no concelho de Reguengos de Monsaraz "evidencia o quão importante" seria a concretização do novo Hospital Central do Alentejo, em Évora, cuja adjudicação está atrasada.

Surto de Reguengos mostra importância do Hospital Central, diz PCP
Notícias ao Minuto

17:30 - 06/07/20 por Lusa

Política Covid-19

"Esta situação evidencia o quão importante seria o novo Hospital Público Central do Alentejo ser uma realidade", argumentou a Direção Regional de Évora (DOREV) do PCP, num comunicado enviado à agência Lusa.

Segundo os comunistas, num momento em que se está já na primeira semana de mais um atraso na construção deste equipamento, "é imperioso que o Governo e a Administração Regional de Saúde (ARS) adjudiquem definitivamente a obra e criem as condições financeiras" para uma empreitada "tão necessária para o Alentejo".

O concelho de Reguengos de Monsaraz (Évora) regista o maior surto no Alentejo da doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, com 12 mortos e 141 casos ativos, segundo dados divulgados hoje pela câmara municipal.

Do total de casos ativos do foco, surgido em 18 de junho, no Lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva, mas que se alastrou à comunidade, 19 pessoas estão no Hospital do Espírito Santo de Évora, cinco delas nos cuidados intensivos.

Fonte da DOREV sublinhou à Lusa que, "se já existisse o novo Hospital Central, haveria muito melhores condições para o auxílio a estes doentes".

"Haveria mais médicos, mais e melhores equipamentos e outras condições ao nível das instalações", frisou a fonte.

No comunicado, o PCP alega que as condições em que surgiu e se desenvolveu o surto de covid-19 em Reguengos de Monsaraz "suscitam óbvias preocupações quanto à necessidade de cumprimento das regras definidas para proteção da população mais idosa" em lares, não só no que toca à prevenção de "ocorrências como as que se verificaram", mas "quanto à capacidade de mobilizar rapidamente os recursos para combater o surto epidémico".

Por isso, para os comunistas, "sem prejuízo de toda a concentração de esforços para a resolução deste e de outros problemas", "importa responder a perguntas necessárias sobre o lar de Reguengos para prevenir outras situações".

O PCP quer saber "se foram tomadas todas as medidas de prevenção, particularmente se existia plano de contingência no lar onde surgiu o foco" e se, depois de surgida a doença, "que medidas foram tomadas imediatamente pela instituição, pela autarquia e pelas entidades regionais e nacionais para conter o seu desenvolvimento".

As condições de isolamento previstas entre os utentes e as condições de trabalho dos profissionais, bem como o motivo por que "não estava criado o espaço de retaguarda aos serviços de saúde" neste concelho são outras das questões.

A DOREV também quer perceber que medidas estão a ser tomadas para conter a evolução do contágio comunitário, que papel tem tido a ARS, "visto que se tem remetido praticamente ao silêncio face ao crescimento de casos", e porque continuam em funcionamento "muitos locais de concentração como a praia fluvial" de Monsaraz, entre outras dúvidas.

Já no sábado, o PCP afirmou-se preocupado com os planos de contingência nos lares de idosos no distrito de Évora e a existência de meios para a sua concretização, pelo que questionou formalmente o Governo.

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