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"Como sabemos, é em abril que se ganha a liberdade para a vida"

"Quando pudermos começar a eliminar as restrições, isso terá sempre de ser feito de um modo gradual e progressivo", assegurou António Costa aos jornalistas após um encontro com especialistas no Infarmed.

"Como sabemos, é em abril que se ganha a liberdade para a vida"
Notícias ao Minuto

15:36 - 15/04/20 por Notícias Ao Minuto

País António Costa

"O conjunto de empresas que tinham [até ontem] requerido lay-off têm nos seus quadros de pessoal cerca de um milhão de pessoas. Não quer dizer que a totalidade dessas pessoas sejam abrangidas pela medida do lay-off", explicou esta quarta-feira António Costa, quando questionado pelos jornalistas após a reunião com especialistas no Infarmed. O primeiro-ministro afirmou que "neste momento, não temos ainda um número concreto". 

Já quanto à pandemia de Covid-19 em concreto, o chefe de Governo referiu, citando o Presidente da República que falou antes, "que os dados que temos vindo a ter, consolidados, apontam que as medidas que foram adotadas têm estado a produzir os objetivos".

"E temos de prosseguir, ao longo deste mês, com muita determinação este objetivo e esta disciplina para, como disse o Presidente da República, em abril voltarmos a ganhar maio", concluiu.

Acerca das medidas de recomendação de Bruxelas sobre a abertura das medidas de confinamento e de abertura da economia, António Costa apontou que "nós não temos tido o mesmo grau de restrição que outros países têm tido". 

"E, como nós sabemos pela História, é em abril que se ganha a liberdade para a vida. É em abril que temos de fazer um esforço para recuperar a nossa liberdade e é nesse sentido que temos trabalhado. Mas, para isso, não podemos antecipar os resultados" Relativamente à indústria, "não foram aplicadas nenhumas restrições ao funcionamento" - à exceção de Ovar - para além de terem de "cumprir as normas de segurança" e de distanciamento social. "Muitas paralisaram ou porque tinha sido interrompida a cadeia de matérias-primas ou de componentes ou porque tinha havido um colapso da procura".

"Quando pudermos começar a eliminar as restrições, isso terá sempre de ser feito de um modo gradual e progressivo. Porquê? Porque há um dado que todos os cientistas nos dizem e que é importante os portugueses também terem consciência: cada vez que retirarmos uma medida de restrição sem que haja tratamento e sem que haja vacina, o número de contágios vai aumentar", disse também António Costa.

"Temos de saber quando esse aumento de risco existe, se é controlável ou não é controlável", afirmou, acrescentando que, no início da pandemia, "tivemos de adotar estas medidas porque apontava-se para um crescimento exponencial que não seria controlável". 

"Há um nível, que um dia esperamos atingir, em que convivemos com este vírus como convivemos de outros vírus, de uma forma que seja gerível e controlável. Só nesse momento é que podemos começar a retirar as medidas. E, cada vez que retiramos uma, temos de ir medindo de forma a garantir que podemos retirar outra sem haver o risco de descontrolo", concluiu. 

António Costa assegurou ainda que "se os cidadãos não tiverem confiança, nós podemos dizer 'os restaurantes abrem', mas se as pessoas não tiverem confiança não vão aos restaurantes. Nós temos de, simultaneamente, criar condições de segurança na sociedade e condições para que, reabram [mas] com condições". 

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