Chega quer acabar com "compadrio" entre políticos e empresas
André Ventura critica o facto de o atual presidente da Lusoponte ter sido o ministro que negociou a concessão da Ponte Vasco da Gama, em Lisboa.
© Basta
Política André Ventura
A menos de uma semana das eleições, o presidente do Chega esteve em ação de campanha, esta terça-feira, na Autoeuropa, em Palmela, no distrito de Setúbal.
André Ventura disse, no seu Facebook, que a comitiva do Chega foi “muito bem recebida pelos trabalhadores”, pois reconhecem no recém-formado partido a “voz do protesto e do desconforto que também sentem com o atual sistema”.
Depois de falar da “recuperação de direitos, de acesso à saúde e segurança”, André Ventura aproveitou o facto de estar na margem sul do Tejo para criticar aquilo que descreve como uma “vergonhosa situação” que envolve a travessia do rio.
Em causa, o facto o atual presidente da Lusoponte, Joaquim Ferreira do Amaral, ter sido o ministro das Obras Públicas que negociou a concessão da Ponte Vasco da Gama em 1995, durante um governo de Cavaco Silva.
“Como é possível?”, questiona André Ventura que garante que o seu partido “vai propor uma regra de incompatibilidade vitalícia entre dirigentes políticos e as empresas com as quais negoceiam no exercício das suas funções públicas”.
Na ótica do jurista, este tipo de situações apenas contribui para “todo o tipo de especulação de compadrio e tráfico de influências”.
“E o mais espantoso”, acrescenta ainda, é a “Comissão de Ética da Assembleia da República não se ter oposto”.
“Ou talvez não seja assim tão espantoso”, remata.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com